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96.29% Palácio / Chapter 26: O Julgamento da Rainha

Chapter 26: O Julgamento da Rainha

Casamento?

Bem, um casamento consiste em duas pessoas, duas almas e naquele momento em que Xô Bou e Amir se casaram eles selaram um juramento de amor que lhes seria a ruína de ambos, mais Xô Bou também acreditava que aquele casamento realizado no calor do momento poderia ser sua salvação, que ela poderia usar aquele casamento para fazer com que ela se apaixonasse por Amir enquanto tentava esconder dele a verdade.

Suspirando Xô Bou sente Amir lhe tocar, lhe beijar e lhe fazer desejar com que ele a tomasse ali naquela pequena casa de madeira no meio da floresta, ela conseguia sentir as mãos grandes e másculas de Amir deslizar por debaixo das sedas vermelhas que lhe cobriam o corpo, poderia sentir o halito do mesmo contra a sua nunca a fazendo soltar um pequeno gemido de êxtase.

-Sua pele é tão macia!- Amir diz enquanto distribui pequenos beijos borboletas pela nunca de Xô Bou que apenas geme e aperta a parte da frente do vestido vermelho.

Os dois estavam sentados na cama, Xô Bou no meio com a saia vermelha do vestido espalhada ao seu redor enquanto que Amir estava sentado com as pernas para fora da cama e seu corpo inclinado contra o dela.

-Amir!- Xô Bou sussurra enquanto pensa se deve lhe dizer que eles não poderiam ficar ali por muito tempo mais tudo que ela queria dizer se perde em meio a todo aquele prazer com que a boca dele lhe proporcionava.

-Sim?- Amir pergunta enquanto a vira para ele.

Seus olhos se encontravam. Olhos negros contra olhos dourados. A uma pequena chama entre eles que parece se tornar uma grande fogueira enquanto que Xô Bou ergue a mão esquerda e toca a face de Amir. Suas peles se encontram e Amir apenas cobre a mão dela com a dele. Os dois parecem perdidos um no outro, mais aquilo não duraria por muito tempo.

-Temos que voltar!- Xô Bou sussurra enquanto se inclina com a face contra a dele, seu nariz encosta no dele enquanto que Amir ergue a cabeça deslizando seu nariz pela bochecha de Xô Bou.

-Podemos ficar aqui hoje!- Amir diz com os olhos fechados enquanto sente a mão quente de Xô Bou contra a sua face.

-Não podemos, temos que voltar...Logo será decidido o destino da Rainha e você tem que dar o ultimato!- Xô Bou diz enquanto desliza a mão que se encontrava na face de Amir pelo pescoço do mesmo. –Precisamos estar lá!

-Queria poder ficar aqui!- Amir diz enquanto pega a mão de Xô Bou e distribui pequenos beijos na palma da mão dela e logo depois no pulso da mesma a fazendo soltar um pequeno gemido.

-Eu também!- Xô Bou sussurra enquanto sente uma pequena fisgada contra seu pulso.

-Mais não podemos!- Amir diz enquanto ergue a cabeça e olha para Xô Bou com um sorriso nos lábios.

Xô Bou apenas o olha com os olhos dourados ardendo de desejo mais ao mesmo tempo Amir conseguia ver uma pequena tristeza no fundo de toda a aquela imensidão dourada. Ele queria poder ficar ali com ela, poderem apreciar um pouco de toda aquela paz que ali na floresta poderia ter mais chance de os deixar leves e soltos em vez da Corte onde a ganância parecia predominar em todas paredes, mais ele sabia que ela estava certa. Eles teriam que voltar para a Corte e darem um destino para a Antiga Rainha que estava presa no quarto apenas esperando seu final.

-Podemos voltar outro dia!- Xô Bou diz com um sorriso que para Amir parece o sol, mais naquele momento o sol estava coberto por tensas nuvens negras e pesado.

-Sim, podemos!- Amir diz enquanto se levanta da cama fazendo com que Xô Bou apenas o olhe com seus olhos dourados. -Temos que ir,esposa!

Assim que aquelas palavras saem da boca de Amir o coração de XÔ Bou para uma batida e ela apenas olha para ele com os olhos dourados parados e sem piscar. Esposa? Ela era a esposa de Amir e Rainha! Tudo estava dando certo e quando se deu conta disso Xô Bou apenas sorriu para Amir que lhe sorri de volta.

-Sim, meu Marido... Minha Alteza!- Xô Bou diz enquanto ergue a mão e para Amir que apenas a pega.

-Eu sempre vou estar aqui!- Yin Chang diz enquanto abraça Mira por trás que apenas inclina o corpo contra o dele e passa a observar seus filhos brincarem no pequeno jardim que tinha no castelo da Tribo do Gelo Flamejante.

-Eu sei!- Mira sussurra para Yin Chang que apenas a abraça mais forte contra seu corpo e logo depois a vira para que a mesma possa olhar em seus olhos dourados.

-Lembre-se sempre, querida... Tudo pode ter começado com uma mentira mais o nosso amor não é!- Yin Chang diz enquanto lhe toca a face fazendo com que Mira incline a cabeça contra a palma da sua mão.

Ela queria acreditar naquilo. Oh, como ela queria, mais parecia que tudo lhe lembrava de que aquele amor começara por causa de um feitiço. Sim, sua avó tinha lhe lançado um feitiço e então ali estava nos braços do homem que ela precisava amar para que sua avó conseguisse poder.

-Mira. - Yin Chang diz enquanto observa as lagrimas se juntarem nos cantos dos olhos de sua esposa que tenta reprimir as lagrimas que querem deslizar pela sua face.

- Yin Chang, eu me sinto como um objeto que foi usado!- Mira enquanto fecha os olhos para que o mesmo não veja a dor que se encontra ali.

Ela se sentia usada e morta. Sua avó sempre parecia ser uma pessoa boa e no final ela era apenas a pessoa que tentará assassina e que matara seu irmão tudo isso apenas por poder.

-Todos nós fomos usados mais não vamos deixar com que isso acabe com que construímos minha querida. Eu te amo e isso não vai mudar só porque ficamos sabendo como tudo começo – Yin Chang diz enquanto desliza a mão contra a face de Mira que apenas ofega e abre os olhos.

-Eu também te amo, não sei porque mais meu coração parece bater mais forte quando você está por perto!- Mira sussurra e sorri para Yin Chang que apenas a olha.

Seus olhos se encontram e eles não conseguem parar de se olharem. Eles se sentem como pequenos imãs que se atraem e não conseguem mais viver um sem o outro. Então Yin Chang sem pensar apenas sorri e desliza o braço esquerdo pelas curvas da cintura de Mira a puxando para si. Seus corpos se encontram e se reconhecem, seus lábios se reencontram e as mãos parecem quer explorar o corpo um do outro como se nunca tivessem se tocando. Mira sente como se seu coração fosse explodir em pequenos fogos de artifícios e Yin Chang sentia como se seu coração fosse fogo.

Eles caminham entre beijos e puxões de cabelos, Mira não consegue desgrudar de Yin Chang, sua boca parecia ansiar pelos lábios frios de Yin Chang, dão mais um passo para trás até que Mira sente a beirada da cama em seus joelhos a fazendo cair na mesma com Yin Chang por cima.

-Mira...- Yin Chang sussurra enquanto que Mira apenas consegue gemer em seus lábios frios.

Os dois não conseguem mais se soltar, a fogos deslizando em suas veias e a gelo em seus corações sendo derretidos, eles se sentem como se seus corpos se conhecem há anos, não, a milhares de anos. Era como se tudo que eles viveram fosse apenas um teste para provar que aquele amor era real.

Tão real que tudo ao redor deles foi se tornando apenas uma miragem, eles não viam nada que tinha ao redor, apenas um ao outro, tudo se resumia aquilo... A eles como um todo. Eles naquele momento reafirmação o que um dia eles firmarão.

Mira sente seus lábios inchados e mesmo assim apenas sorri para Yin Chang que lhe sorri de volta, seus braços ao redor do pescoço do mesmo.

-Então?- Yin Chang pergunta enquanto se inclina para o lado.

Seu corpo parecia leve e quente como o verão.

-Eu te amo!- Mira vira levemente a cabeça contra o pescoço de Yin Chang e lhe sussurra essas palavras que fazem com que o coração de Yin Chang se sentia leve e quente.

-Eu também te amo!- Yin Chang sussurra contra o pescoço de Mira a fazendo se arrepiar. –Mais não poderemos ficar aqui por muito tempo.

-É eu sei!- Mira diz com uma voz fria fazendo com que Yin Chang apenas vire levemente a cabeça para ver sua esposa com os olhos vermelhos voltados para o teto e a testa franzida.

Mira não consegue olhar para o seu marido naquele momento, ela só consegue pensar em qual será o destino de sua avó quando o Conselho dos Três Mundos aparecerem. Ela sabia que nunca em todos aqueles milênios o Conselho se reuniu para decidir algo, nunca um Mundo se envolvia com os assuntos de outro mundo mais parecia que sua avó iria fazer com que um dos Mundos fosse revelado.

Ela sempre se lembraria da sua mãe lhe dizia.

" A três mundos e os três mundos são governados por pessoas escolhidas a dedos. No Mundo Imortal quem governa é seu avó, no Mundo Mortal no momento é a Rainha Bu Bu e no Mundo Celestial é o Rei Celestial, reze, Mira, para que eles nunca se reúnam."

Mais parecia que as palavras de sua mãe agora lhe faziam sentindo, ela temia com que quando os Três Governantes aparecem no grande salão ela se daria conta de que o destino de sua avó seria trágico.

-Temos que ir querida!- Yin Chang diz enquanto se levanta da cama. Sua esposa parecia perdida em pensamentos.

-Sim, vamos!- Mira diz enquanto pisca os olhos fazendo com que Yin Chang apenas desse um pequeno sorriso de lado pelo fato de que sua esposa às vezes lhe fazia sorrir do nada.

Ela apenas olha para o teto e pensa se deve ou não se levantar naquele momento, mais ela sabe que deve e por isso solta um pequeno suspiro enquanto que Yin Chang se levanta e para na frente dela a olhando. Seus olhos dourados parecem soldar Mira como se ela fosse uma presa mais Mira também o olha com seus olhos vermelhos...Sangue?

-Mira seus olhos!- Yin Chang diz a olhando com os olhos arregalados.

Como assim os olhos dela estavam da cor do sangue? Parecia tão belo ver aquela cor em seus olhos mais ao mesmo tempo assustados, porque eles pareciam brilhar como pequenas fendas vermelhas.

-Como assim Yin Chang?- Mira pergunta enquanto observa seu marido ir até a pequena penteadeira que tinha ali e pegar um pequeno espelho de gelo.

-Aqui!- Yin Chang diz enquanto coloca nas mãos de Mira o pequeno espelho de gelo a fazendo com que ergua o espelho a altura de seu rosto vendo assim seus olhos vermelhos sangue.

Mira não conseguia acreditar que seus olhos estavam daquela cor.

-Como é possível?- Mira pergunta enquanto toca levemente as palpetas de seu olho esquerdo tentando entender como aquela cor surgira.

-Querida, não podemos ficar aqui pensando na cor de seus olhos nesse momento!- Yin Chang diz enquanto observa Mira com a mão contra a buchecha tentando entender como aquela cor surgira.

Ela ergue a cabeça e olha para Yin Chang que prende a respiração quando vê os olhos vermelhos sangue de sua esposa, era uma cor tão bela que ofuscou os olhos de Yin Chang o fazendo ver algo que antes não estava ali. Na testa de Mira surgira como um pequeno relâmpago um símbolo do fogo e logo depois se apagara tão rápido que Yin Chang achou que era apenas uma miragem.

-Verdade, mais se eu aparecer com os olhos assim será que alguém vai reparar?- Mira pergunta enquanto coloca o pequeno espelho de gelo na cama e olha para seu marido que se encontrava parado na sua frente lhe olhando com os olhos dourados brilhando.

-Querida, talvez seja bom você esconder a cor dos seus olhos, sabemos que eles só querem um motivo para te tirarem daquela sala!- Yin Chang diz enquanto se senta ao lado de Mira e pega a mão da mesma que apenas aperta de volta.

-Si, é verdade!- Mira diz enquanto fecha os olhos e respira fundo.

Ela sabe que os Reis sempre quiseseram tira-la da grande Sala do Trono. Mira nunca soube o verdadeiro motivo para que aqueles homens quisessem tirarem ela de lá, mais ela conseguia ver os olhos deles brilhando de medo, conseguia ver que quando ela apareceu na frente deles vestida com seu vestido de Rainha muitos dos antigos reis ficaram pálidos.

Mira então abre os olhos revelando olhos vermelhos apagados como de todos os outros da tribo do Fogo, ela olha para Yin Chang que apenas lhe dá um sorriso de carinho a fazendo o olhar com um olhar de amor.

-Então vamos querida?- Yin Chang pergunta enquanto se levanta e ergue a mão na direção de Mira que apenas sorri e pega na mão dele.

Sua mão era quente contra a dele,os fazendo prender um pequeno gemido de prazer por poderem sentir a pele um do outro.

A Grande Sala do Trono estava toda decorada com pequenos arranjos de flores de gelo fazendo com que Mira apenas olhasse tudo aquilo com um olhar de desprazer, todos eles estavam fazendo do julgamento de sua avó uma festa a ponto de ter até mesmo uma orquestra. Ela sabia que todos os antigos reis com certeza ficariam tão felizes que seriam capazes de fazerem uma festa na frente da mesma não se importando com a dor alheia. Suspirando Mira dá um passo a frente atravessando o arco de gelo que se encontrava na frente da porta pesada que protegia a Grande Sala do Trono, ela sabia que assim que ela colocasse os pés ali dentro todos parariam para ver o que a Herdeira faria.

Todos eles seriam tão falsos que faria com que Mira apenas sorrisse e fizesse uma mensura, bem era isso que estava escrito nas etiquetas da Corte mais Mira não era uma Rainha qualquer, ela era bem capaz de ir contra as regras se ela achasse que elas estavam sendo tão injustas como estavam sendo.

-Pode continuar a festejar, Reis!- Mira diz assim que atravessa o arco e o silencio a recebe, ela sabe que todos eles parariam para ver-la entrar.

Abhya que não estava muito longe apenas observa Mira que se encontrava com uma postura arrogante e um sorriso perverso nos lábios fazendo com que os outros reis engolissem em seco. Sim, todos eles sabiam que não deveriam mexer com a Rainha se quisessem viver, mais parecia que naquele momento todos eles se esqueceram de daquilo Yasmine que estava ao lado do marido apenas observa Mira com seus olhos curiosos e sentindo que sua curiosidade parecia ganhar apenas ergue a taça para Abhya que mesmo olhando desconfiado para sua esposa a pega das mãos delicada da sua Rainha.

-Vou ver a Mira e já volto!- Yasmine sussurra para Abhya que apenas acena porque ele sabe o quanto as duas eram amigas e mesmo se ele falassem para ela não ir, Yasmine com certeza apenas lhe sorriria e o deixaria falando sozinho.

-Tudo bem!- Abhya diz enquanto acena para Yin Chang que estava parado no meio da Grande Sala do Trono olhando para a sua esposa que parecia ter assumido uma postura de combate.

Yasmine caminha entre os Reis que sussurravam pelas costa da Rainha Mira que apenas fecha as mãos em punhos quando se dá conta de que os Reis estavam sussurrando como pequenos gafanhotos sobre ela. Sobre o fato de que sua avó seria condenada e ela assumiria o lugar dela.

-Mira?- Yasmine pergunta quando para na frente de Mira que se encontrava com os olhos fechados tentando conter sua fúria que estava preste a explodir.

-Sim,Yasmine!- Mira responde enquanto dá um longo e profundo suspiro tentando conter sua fúria.

-Eu...- Yasmine começa mais não consegue terminar já que as portas da grande sala são abertas com um grande estrondo fazendo com que as paredes de gelo tremessem e o chão aos pés deles parecesse que fosse rachar como um gelo fino.

Yasmine se vira para poder ver quem era a pessoa que entrava na grande sala causando todo aquele impacto mais o que ela vê era a Rainha Cixi presa por duas grandes algemas de ferro entrelaçadas com pequenos espinhos de ouro que lhe feriam os pulsos e em seus pés uma pequena corrente contornava seus tornozelos como tornozeleiras decorativas. Ela não consegue deixar de olhar aquela imagem na sua frente, mesmo com os pulsos sangrando e suas roupas um pouco amassadas a Rainha Cixi ainda mantinha a cabeça erguida como se tudo aquilo ali não lhe atingisse, mais tudo aquilo atingia era a sua neta que se encontrava com a respiração presa na garganta enquanto olha para a sua avó que se encontrava a caminhar com aquelas correntes lhe machucando os pulsos e os fazendo sangram.

Cixi não se deixaria ser ferida por meras algemas que pareciam terem sido apertadas apenas para fazer com que ela sentisse dor, mais Cixi era uma Rainha e por ser Rainha ela tinha que saber lidar com todos os tipos de situações e fora isso ela não abaixaria a cabeça, ela a manteria erguida. A caminhada até o centro da sala parecia ser tão longo conto à dor que a mesma sentia nos pulsos, dos seus dois lados vinham dois grandes e fortes soldados vestidos com armaduras vermelhas e azuis e suas faces não se viam nada apenas a sombra de olhos negros como a noite sem estrelas e os lábios em finas e quase inexistentes linhas que lhe mantinham a boca fechada como se pequenas linhas estivessem sido colocadas ali.

Mira que apenas olhava para a sua avó não consegue sentir seu corpo e sente como se fosse cair mais mãos fortes lhe mantem em pé evitando com que ela caísse e a atenção fosse voltada para ela.

-Se mantenha neutra, eles não podem saber que você se preocupa!- Mira ouve seu avô lhe sussurrar no ouvido enquanto que o mesmo se encontrava a observar sua esposa fazer o caminho da Vergonha em direção aos dois homens que se encontravam sentados em dois tronos feitos de gelo.

Fun Xu não conseguia entender o porque daqueles dois estarem ali sentados em dois tronos sendo que apenas um deles poderia se sentar em um trono, mais Fun Xu também sabia que enquanto não fosse encontrando o verdadeiro Herdeiro do Mundo Mortal apenas o General do Reino Distante poderia assumir aquele trono já que ele era meio Deus e meio mortal. Suspirando Fun Xu passa a observar os dois homens ali sentados com seus olhos voltados para a sua esposa que se encontrava com o rosto erguido os olhando com os olhos violetas os desafiando.

-Mais que mulher insolente!- Fun Xu consegue ver pelos lábios se mexendo que o General sussurra para o homem que se encontrava ao seu lado.

Ele sente seu corpo ficar pesado, mais a fúria e o ódio deviam ser contínuo para não deixar as coisas mais difíceis para Cixi que naquele momento estava na frente do Conselho dos Mundos esperando sua sentença, mais Fun Xu se sentia com o coração na mão, ele sabia que o destino de Cixi seria a morte e nem mesmo ele o Rei do Mundo Imortal poderia impedir que sua esposa fosse condenada, apenas poderia ficar parado com os olhos mortos vendo sua esposa se desfazerem na sua frente.

-Acho melhor você ir lá, sabemos que o Príncipe Celestial não é conhecido por ser compreensível!- Fun Xu ouve uma voz feminina lhe sussurra e ele apenas olha de canto vendo que ao seu lado se encontra Xing que olha para Cixi com os olhos da cor da lua.

-Acha que não conheço meu próprio irmão? Ele está até sendo compreensível porque sua esposa pediu e ele nunca é capaz de dizer não para ela!- Fun Xu diz e logo depois caminha entre os reis que abrem espaço para que ele possa passar entre eles.

-Bem, isso é agora, antes seu irmão era um bastardo!- Xing sussurra olhando com os olhos da cor da lua com fúria para o jovem príncipe Celestial que apenas tinha seus olhos voltados para Cixi.

Fun Xu sentia que naquele momento tudo poderia ser mudado menos é claro o destino de Cixi, ele sabia que assim que surgisse na frente de seu irmão ele lhe diria como ele fora tolo o bastante por ter se apaixonado por uma mulher daquela categoria e Fun Xu não ficaria calado. Suspirando ele virá quando seu irmão o olhou e sorriu, oh, como Fun Xu queria socar seu irmão assim que se colocou na frente dele.

-Irmão!- O Príncipe Celestial diz com um sorriso zombador nos lábios enquanto que o General apenas olhava para tudo aquilo como se nada lhe fosse interessante.

-Olá, Fun Xa!- Fun Xu diz olhando nos olhos azuis de seu irmão.

Fun Xa tinha os cabelos negros longos e olhos azuis que pareciam duas pequenas safiras que muitas mulheres com certeza iriam querer ter mais somente uma mulher tinha.

-Pensei que você fosse ficar no quarto chorando pôr saber que sua esposa não é tudo aquilo que você pensava!- Fun Xa diz e logo depois sorri, seu sorriso esconde segredos que fazem com que Fun Xu tenha vontade de lhe socar.

-E você não iria ficar com sua cobra de estimação... Oh, esqueci ela não pode vir ao mundo imortal! - Fun Xu diz com os olhos brilhando.

-Olha como fala...

-Fun Xa, sabemos que nosso pai nunca permitiria que seu amado filho se casasse com uma cobra e você tolo foi e se apaixonou por uma cobra!

-Depois discutimos qual dos dois é o mais tolo, agora temos algo mais importante! - O General diz enquanto observa os dois homens parados um na frente do outro prontos para uma guerra.

-Cala a boca! - Os dois homens gritam se virando para o General que apenas ergue a sobrancelha esquerda os fazendo observar os olhos azuis turquesa escurecerem como se o mar estivesse furioso.

Oh, o General estava pronto para fazer dos dois homens ali parados um exemplo de que ele não era um homem bom, mais Fun Xu ao ver que os olhos do General se encontravam tão afiados quanto a lamina da espada apenas dá um passo a traz erguendo as mãos para cima.

-Vamos voltar ao que interessa e depois vocês dois discutem e se matem se quiser!- O General diz com a voz fria como as águas do Mar da Inocência.

Fun Xu apenas suspira enquanto observa Cixi que se encontrava quieta como se tudo aquilo não lhe fosse à decisão de seu futuro, ele sabe que sua esposa nunca abaixaria a cabeça e por isso ele apenas dá um sorriso de lado.

-Príncipe, por favor, diga o que foi decidido! -O General diz enquanto com seus olhos observa Cixi que apenas o olha com seus olhos violetas tão belos que pareciam duas pequenas pedras preciosas.

Xô Bou não sabia como dar um passo à frente. Como ela iria entrar naquela sala lotada de homens que pareciam odiá-la por ela ser quem era e por ser agora sua Rainha? Bem, se fosse à corte onde ela viveu por tantos anos, Xô Bou já estaria dando um passo à frente com um sorriso arrogante enquanto que os outros ficariam tentados a lhe apertar o pescoço.

-Xô Bou o que você está fazendo ai parada? - Ela consegue ouvir uma voz feminina lhe perguntar, sua cabeça não consegue pensar em nada. Tudo aquilo lhe era tão estranho e ao mesmo tempo tão normal.

- Estou paralisada!- Xô ou diz enquanto ergue as mãos na altura dos seios e entrelaçam os dedos de ambas as mãos.

-Por quê?- Uma voz feminina lhe pergunta a fazendo virar o rosto para o lado e dar de cara com lindos olhos negros.

-Porque quem está do outro lado dessa porta é seu irmão e bem, nós duas sabemos que eu consegui o trono de uma maneira não tão honrada assim! - Xô Bou diz com os olhos perdidos em lagrimas que queriam deslizar por seus olhos.

-É, pode ser. Mais eu prefiro você a Cetrus!- Bu Bu diz sorrindo para Xô Bou que lhe sorri de volta. –Então vamos entrar e descobrir qual é o destino da Rainha!

Xô Bou olha para Bu Bu que se encontrava tão tensa que parecia que estava caminhando em direção a forca, mais ela sabia que Bu Bu apenas estava daquele jeito porque ela queria que a Rainha pagasse o que ela fez. Todo o um que ela causou para uma pequena menina.

-Sim, vamos! -Xô Bou diz enquanto desliza a mão no ar até a mão de Bu Bu que se encontrava a tremer e a aperta.

Naquele momento. Ali em frente aquela porta as duas mulheres mais importantes na vida de Amir estabeleceram um laço que ficaria para toda a visa delas. Bu Bu abaixa os olhos até as mãos entrelaçadas das suas e fica a olhar com seus olhos perdidos mais logo depois ela apenas suspira e olha para Xô Bou que se encontrava com os olhos voltados para a porta da grande sala. Era como se ali uma tentasse manter a outra em pé, como se precisassem que a outra estivesse ali do lado lhe dizendo que tudo ficaria bem e que tudo no final iria dar certo. Com um suspiro Bu Bu apenas balança a cabeça para o jovem soldado que se encontrava parado ao lado da porta de madeira olhando para o nada.

Ele abre a porta, tudo ali dentro parecia que tinha congelado quando a porta fora aberta e por ela passaram a Rainha e a Princesa.

Amir que já não aguentava mais aquela reunião tediosa apenas suspirara aliviado ao ver que sua mulher e sua irmã tinham acabado de entrar por aquelas portas e estavam com seus rostos erguidos e com as poses de mulheres poderosas. Ele sabia que ali na frente deles tinham duas mulheres tão poderosas e guerreiras quanto eles. Oh, como Amir naquele momento se sentiu o homem mais sortudo do mundo por ter duas mulheres tão poderosas assim ao seu lado.

-Rainha!- Amir diz enquanto se levanta do trono e caminha até Xô Bou que apenas se encontrava parada no meio da grande sala o olhando.

Como era lindo meu marido, pensou Xô Bou com um sorriso bobo nos lábios carmesim, seus olhos dourados pareciam não conseguir deixar Amir, era como se imãs a puxasse de volta para o mesmo a fazendo se lembrar de que ele a tomara nos braços e a fizera dela sua mais uma vez.

-Majestade!- Xô Bou diz enquanto faz uma breve mensura para Amir que para na frente dela a olhando com os olhos negros brilhando de orgulho que deixou com que o coração de Xô Bou se tornasse um pequeno balão.

Eles se olharam como dois tolos apaixonados fazendo com que Bu Bu bufasse e atraísse a atenção para ela. Naquela hora mesmo sabendo que tudo aquilo que Xô Bou mostrava era falso, Bu Bu se sentira bem por saber que seu irmão estava voltado a viver depois de tantos anos na escuridão.

-Meu Rei, precisamos conversar sobre o destino da antiga Rainha! - Um dos homens fala enquanto que Bu Bu paralisa olhando para Xô Bou que tinha seus olhos dourados voltados para ela.

Sim, naquela hora Bu Bu queria apenas que a antiga Rainha fosse morta e tivesse uma morte bem lenta e dolorosa, como fora a primeira vez de Bu Bu. Ela ainda se lembrava das mãos grandes e cheias de calos do homem em seu corpo, conseguia ainda sentir o cheiro de álcool que vinha a boca daquele homem na hora em que ele a forçara a beija-lo. Oh, como ela queria que a Rainha fosse morta. Como ela queria se vingar por tudo que ela fez.

-Então vamos conversar sobre isso!- Amir diz com seus olhos negros frios e calculistas, ele sabe que naquele momento ali muitos iriam querer com que ele soltasse a Rainha.

Amir então olha rapidamente para Xô Bou que o olha com seus olhos dourados parecendo duas pedras de ouro, mais ela sabia que algo estava errado assim que viu os olhos de Amir, sim ela sabia que tinha algo muito errado quando se deu conta ela apenas olhou para Bu Bu e com um aceno de cabeça falou para que ela fosse até um dos tronos que tinha ali naquela grande sala.

-Amir, o que você está pensando? - Xô Bou sussurra para Amir assim que eles se viram e caminham em direção aos tronos centrais que se encontravam no centro da sala.

-Apenas no que é melhor para o reino! - Amir diz e logo depois suspira enquanto ajuda Xô Bou a se sentar em seu trono.

Xô Bou não acredita naquelas palavras, ela sabia que Amir não seria tolo o bastante para libertar a Rainha mais ela também sabia que naquela corte também existia muitos inimigos prontos para fazer com que o Rei libertasse a Antiga Rainha.

-Tenho um anuncio a fazer!- Amir diz enquanto se senta no seu trono e olha para todos aqueles homens que se encontravam naquela sala.

Ele sabe que depois dali muitos o seguiriam outros lhe diriam como ele fora tolo o bastante para tomar aquela decisão.

-A Rainha será exilada!- Amir diz logo depois de um longo suspiro.

Um longo silencio se faz presente mais logo depois se rompe como se um grande raio tivesse caído no centro daquela sala. As vozes se tornam quase gritos de almas penadas e a fúria podia ser sentida em cada poro do corpo de Bu Bu.

Como assim, a Rainha seria exilada? Como seu irmão decidiu isso?

Por quê?

Bu Bu não tinha se dado conta que tinha sussurrado aquelas palavras até que virá seu irmão a olhando com os olhos tristes mais também frios e determinados, ela sabia o por que. Ela sabia que se ele matasse a Rainha muitos dos generais se voltariam contra ele e tudo pelo que as duas mulheres que estavam ali lutaram iria se desfazer como um castelo de areia na beira da praia.

E sem acreditar nas palavras do irmão Bu Bu apenas sorrira mesmo que por dentro estivesse sangrando como se pequenas e afiadas adagas estivessem sido fincadas em seu coração.

Respire fundo, fora isso que Mira dissera a si mesma enquanto observava seu avô fechar as mãos que se encontravam ao lado do corpo em pequenos punhos, ela sabia que ali naquela sala seu avô estava tentando se manter neutro mais assim que seu irmão abrira a boca para falar de sua esposa...Bem, seu avô só faltou lhe botar fogo e rir enquanto ele era queimado vivo.

-Então podemos começar? - O General pergunta enquanto observa a todos que se encontram naquela sala.

Seus olhos vagam entre os Reis que se sentiam como se estivessem vendo algo novo. Quando viu que existiam apenas três mulheres naquela sala o General apenas dá uma risada pelo nariz e em seus lábios finos e quase femininos surge um sorriso que assustaria a todos se ele não tivesse treinando um sorriso amistoso.

-Então começa! - Fun Xu diz enquanto com um sorriso desafia seu irmão a lhe dirigir a palavra que com certeza estava presa na língua dele.

-Fun Xu, tem como você calar a boca por pelo menos uma vez na vida? - O Príncipe Celestial fala enquanto pega um pequeno pergaminho das vestes douradas que usava e passa a abri-lo. –Bem, então está... Rainha Cixi você fora condenada à morte pelo assassinato de uma semi-mortal, pela tentativa de assassinato de sua neta, pelo assassinato de seu neto e pelas armações para a sua filha lhe causando sua morte!

O Príncipe Celestial para de falar e olha para Fun Xu, os dois se olham e Fun Xu apenas engole em seco, ele sabe que aquele olhar de seu irmão quer disser que algo não vai bem.

-Fale! - Fun Xu sussurra, seus olhos estão voltados para Cixi que apenas o olha com seus olhos violetas.

Sim, ali naquele momento em tantos milênios os dois se olharam, Cixi olhou para o seu marido com um olhar que poderia ser considerado falso se Fun Xu não tivesse na sua frente vendo seus olhos violetas.

- Rainha Cixi fora condenada a ser morta por uma fecha dourada no mundo mortal e. -O príncipe não consegue terminar de falar. Engole em seco e olha para Fun Xu outra vez que apenas acena com a cabeça com seus olhos voltados para Cixi- Ela terá que viver seis reencarnações no mundo mortal, todos os crimes que a mesma cometera serão pagos com a morte de seus futuros herdeiros que nascerem no mundo mortal, a Rainha Cixi nessas seis reencarnações se esquecerá de Fun Xu!

Fun Xu ao ouvir as palavras proferidas por seu irmão arregala os olhos. Seis reencarnações? Ela se esquecerá dele? Tudo aquilo parecia tão longe que Fun Xu apenas ficará olhando para Cixi que apenas fechara os olhos deixando com que Fun Xu apenas visse seu rosto pálido e as marcas em seus pulsos ensanguentados.

-Ela se esquecerá de Mira? - Fun Xu pergunta enquanto se levanta de seu trono.

Seu corpo treme. Ele sabe que aquela sentença fora seu pai quem decidirá. Ele tinha quase certeza que seu pai nesse momento deveria estar rindo em seu trono dourado e falando o quando que Fun Xu fora tolo por ter se apaixonado por uma imortal e não por uma deusa.

-Sim! - O Príncipe Celestial fala enquanto abaixa o pergaminho até o colo.

Mira que estava escondida entre os reis sente seu corpo cair no chão, suas mãos tremem, seu peito doe e suas vistas escurecem. Ela estava tendo um ataque de pânico ali dentro daquele salão onde tinha muitos inimigos, mais ela também sabia que os Reis não tinham seus olhos voltados para ela e sim para o seu avô e seu tio que estavam se olhando como fossem matar um ao outro.

-Mira? – Yasmine pergunta sussurrando para Mira.

-Estou bem! - Mira diz enquanto é ajudada por Yasmine a se levantar e então ela ergue os olhos fazendo com que Yasmine a olhe assustada.

Mira não estava nem aí para o que quer que Yasmine tenha visto em sua face, ela apenas queria chegar até onde estava seu avô e sua avó, ela precisava chegar até lá e perguntar outra vez para o seu tio se era verdade que sua avó se esqueceria dela.

Sua avó, aquela em quem Mira se espelhava iria se esquecer dela por seis reencarnações enquanto que a mesma sempre se lembraria dela mesmo se não quisesse. Enquanto andava Mira conseguia ver os reis abrindo caminho para ela, seus passos eram leves como a pluma mais em seus olhos se encontrava a cor do sangue que assustara os reis como se ela fosse o próprio demônio os fazendo ofegarem.

-Vovô? - Mira sussurra atraindo a atenção dos três homens para si.

Mais quem tinha seus olhos presos na Mira era o General que arregala os olhos e sem acreditar dar um passo à frente se levantando do trono e caminha até Mira que apenas o olha com os olhos vermelho sangue desconfiada, ela não sabe o porquê mais aquele homem parecia tão encantado com ela que tudo o que ela queria fazer era fugir para bem longe daquele homem que agora se encontrava parado na sua frente.

Seu corpo era musculoso, suas vestes lhe eram estranhas e seus cabelos curtos e ondulados, tudo nele lhe era estranho mais ao mesmo tempo familiar. Algo nele lhe era tão familiar que assim que seus olhos se encontraram com o dele... Algo aconteceu.

-Yan Zhu!- O General sussurra tocando a face de Mira que apenas o olha a assustada pelo fato do mesmo ter lhe tocado a face sem sua permissão.

-Ela não é a Yan Zhu!- Fun Xu diz enquanto toca no ombro do General o fazendo o olhar com os olhos frios.

-Mais... - O General começa a falar mais sua voz se perde quando vê um homem de longos cabelos brancos surgir ali os reis que se encontravam parados apenas observando o momento em que o General tocara a face da Rainha Vermelha.

O General não conseguia tirar os olhos entre Mira e Yin Chang, seus olhos pareciam viajar de um para o outro como se não acreditasse no que via na sua frente. Sua cabeça parecia preste a explodir mais tudo o que ele via era Yan Zhu com seus olhos vermelhos sangue parada na sua frente e não Mira que se encontrava com os olhos arregalados pelo fato dele a ter chamado pelo nome da antiga Rainha.

-O que você está fazendo tocando na minha mulher? - Yin Chang pergunta sentindo seu peito inflar quando viu a mão do general contra a face de Mira.

Ninguém conseguia falar nada, apenas observar o espetáculo que ocorria na frente deles.

-Arash!- O General sussurra enquanto sente o ar lhe faltar.

Ele não conseguia acreditar que depois de tantos milênios ele veria em fim a sua Rainha, aquela que lhe mostrou o amor mais que também lhe mostrou a dor e o Guardião que lhe tomara a mulher que ele amara. Mais ali estava ele parado com a mão contra a face delicada de Mira enquanto observa o homem de longos cabelos brancos o olhando com os olhos confusos.

-O que? - Yin Chang pergunta olhando para Fun Xu que se encontrava parado apenas olhando com pena para o general.

-Não, eles não são a Yan Zhu e Arash, eles são Mira e Yin Chang!- Fun Xu diz enquanto observa o General se afastar de Mira como se tivesse levado um choque.


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