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Chapter 12: É assim que encontros devem ser? (4)

A situação estava em um impasse indefinido. Shigeo estava achando divertido provocar Issei, enquanto o próprio garoto reclamava uma vez e outra com Shigeo.

Os diabos que foram convocados estavam sem saber o quê fazer. A nobreza de Rias confirmou que os danos feitos naquele parque eram derivados do ataque de um anjo caído, o quê confirmou suas suspeitas anteriores.

Eles também encontraram sangue no chão, mas vendo ambos os garotos ilesos, eles correlacionaram esse sangue ao atacante que não se encontrava nesse local. Isso apenas levantou suspeitas sobre como Shigeo e Issei haviam afastado o anjo caído.

Claro, algumas pessoas como Sona e Tsubaki pensaram corretamente que tudo isso era obra de Shigeo. E na mente de Sona, se Shigeo não estivesse interferido no 'passeio' de Issei com o anjo caído Raynare, Issei Hyoudou estaria morto, e sua amiga Rias iria aproveitar essa chance para adicionar Issei em sua nobreza.

E isso era um tanto incômodo para Rias. Sona obviamente estava contente que o ataque do anjo caído havia falhado, mas ela também sabia que a intervenção de Shigeo atrapalhou os planos de Rias. E agora, o processo de obter um novo servo havia se tornado mais difícil para Rias.

Ainda mais que isso, também mostrou que Shigeo era especial. Ou pelo menos, mais forte do quê eles pensavam que ele era, visto como pôde lidar com um anjo caído sem receber nenhum ferimento.

Agora, tanto Sona quanto Rias tinham seus interesses despertos. Tanto que Rias hesitou se estava certa em escolher Issei.

"Então, para que você me convocou, Issei-kun?" Rias perguntou amavelmente. Seus planos não poderiam ter acontecido como ela queria, mas tudo o quê ela precisava fazer é convencê-los a se juntar à ela.

Sim, eles. Rias não queria apenas Issei. Não havia chances de ela deixar passar a chance de adquirir Shigeo, mesmo que ela realmente não saiba muito sobre seu nível de poder.

"Na-não fui eu que te convoquei, senpai." Issei falou um pouco perturbado. Ter uma beleza como Rias chamando-o pelo primeiro nome fez maravilhas para sua mente pervertida.

Rias ficou um pouco perturbada, nas isso apenas confirmou o quê Akeno havia falado. Por isso, ela direcionou seu olhar sobre Shigeo, que estava parado imperturbável como se a situação não o afetasse.

"Então foi você, Shigeo-kun?" Rias falou, trazendo a atenção do garoto que aparentemente olhava para o nada com grande interesse.

"Mhm? Oh, sim." Ele falou como se fosse nada, antes de olhar para o nada novamente.

Tanto Rias quanto Sona tiveram uma marca na cabeça pelo seu comportamento, enquanto Akeno apenas fazia seu 'ufufufu' pela falta de consideração de Shigeo.

"E por quê você me convocou, Shigeo-kun? Talvez você queira fazer algum contrato comigo?" Rias insistiu.

"Contrato?" Shigeo questionou confuso. Na verdade, algum tempo ele já tem pensando em voltar para sua casa e ficar de preguiça. Ele acabou descobrindo muito sobre seu mundo hoje, e ele se perguntava se ainda conseguiria fingir que seu mundo era um lugar comum e nada absurdo, como Kazuma insistia que era.

Vendo sua confusão, Sona tomou à frente. Como um diabo inteligente, ela podia mais ou menos entender a intenção de Rias, e como ela também tinha interesse por Shigeo, ela não ficaria calada.

Sona explicou detalhadamente sobre o processo dos diabos usando 'contratos' para atender o desejo de quem os invocasse, sobre um determinado preço, que equivalia ao grau do pedido feito. Ela também falou sobre como os diabos tem usado estes 'folhetos de convocação' atualmente, porque o processo de desenhar um círculo mágico corretamente para a convocação era muito elaborado para os dias atuais.

"Oh, entendo. Isso é bem interessante." Shigeo comentou. Ter seu pedido atendido por meio de um contrato era algo interessante, e se você esquecesse que esse ato era literalmente formar um contrato com o diabo, tinha alguns tópicos interessantes nessa atividade.

Claro, Shigeo não acreditava que os diabos poderiam realizar qualquer um de seus desejos, não sem que Shigeo tivesse que pagar um preço desproporcional ao pedido, então ele não cogitou usar um método desses.

Se ele bem entendesse, esse contrato visaria principalmente em lidar com os desejos mundanos do dia a dia, não algo grandioso.

"Mas se Shigeo-kun não sabia sobre os contratos, então porquê nos convocou~?" Akeno foi quem disse. Todos focaram sua atenção em Shigeo, esperando sua resposta. Issei pôs a mão sobre o rosto e começou a reclamar, uma vez que sabia exatamente a resposta de Shigeo.

E não decepcionando Issei, Shigeo inclinou a cabeça para o lado e respondeu. "Porque parecia interessante?" Ele respondeu meio como uma pergunta, deixando todos pasmos.

"Ufufufufu, interessante~!" Akeno foi o primeiro a sair da confusão, dando sua risada característica, enquanto os outros continuaram sem saber o quê falar. Sona e Tsubaki sentiam uma enorme dor de cabeça ouvindo a resposta de Shigeo.

E quanto à Issei… "Esse maldito ikemen… brincando com nossas vidas como se fosse nada…" ele murmurava suas reclamações, mas como todos ali tinham sentidos sobrenaturais, puderam ouvi-lo com facilidade.

Sona, vendo que essa situação não teria fim, deu um passo à frente. "Já está ficando tarde. Precisamos consertar esse lugar e verificar se não houve nenhum dano secundário na cidade." Ela falou para todos, antes de direcionar seu olhar sobre Shigeo e Issei. "Vamos continuar com essa conversa na segunda. Existem alguns tópicos pendentes que eu gostaria de esclarecer." E sem esperar a resposta de ambos, seu olhar foi para Rias, "Isso está bem pra você?"

Rias acenou com a cabeça. Não era o ideal, mas tendo algum tempo até o dia, ela planejaria um modo de convencer aqueles dois a se juntar para sua nobreza. "Nesse caso, vamos nos encontrar na sala do ORC, após as aulas." Ela disse decidida. Shigeo pegou um sinal de ganância quando Rias teve seus olhos sobre Issei e ele.

Sona entendendo a situação de sua amiga, apenas concordou silenciosamente. Então batendo palmas para chamar a atenção pra ela, ela falou. "Nesse caso, todos estão dispensados. Muito aconteceu hoje, então descansem bem."

– –

Shigeo fez o caminho para sua casa silenciosamente. Ele acompanhou Issei até um trecho, depois deixando-o ir sozinho. Agora que tudo passou, Issei tinha muitas coisas em sua cabeça, e ele precisava de um tempo para si.

Shigeo era o mesmo.

Claro, ele não era inexperiente e nem sentia o pavor que Issei deveria ter, mas ainda assim era incômodo perceber o quanto sua visão do mundo era limitada.

Se não fosse pelo |Sistema de Chat| que abriu o caminho para que ele possuísse Reiryoku, Shigeo não teria a capacidade de descobrir sobre o mundo sobrenatural que se escondia debaixo de seu nariz. Ele não negava que desde quê voltou, ele tem percebido esses seres com almas diferentes e poderes especiais. Shigeo vinha tentando habilmente ignorá-los e se não fosse por sua curiosidade, ele teria conseguido.

Mas o incomodava pensar em como havia vivido nesse mundo todos aqueles anos com uma venda sobre os olhos.

E se ele não fosse enviado para um Mundo Tutorial e não fizesse parte do |Sistema de Chat| como ele teria sobrevivido?

Sua ânsia por coisas interessantes o acompanhava desde tenra idade, então Shigeo se via intrometendo-se nesse mundo louco apenas com sua coragem, o quê até o deixou preocupado de certa forma. Mas o pior de tudo era lembrar que seus pais deveriam ser semelhantes a ele, alguém que tinha uma venda sobre os olhos.

Ele não gostava disso.

Shigeo não desejava saber tudo, mas era estressante não saber nada.

Seus olhos vermelhos então caíram sobre os livros colocados em sua estante. Todos eles haviam sido escritos por Shigeo, e neles listavam várias coisas. Sobre seu progresso e campo de desenvolvimento futuro em [Alquimia], sobre os pontos chaves, entendimento atual e possíveis usos para o [Manual Espiritual do Espaço-Tempo], além de tudo o quê ele descobriu e os possíveis modo de uso da mana e o poder mágico.

E o mais importante deles, o livro que registrava seu progresso na criação do doce supremo!

Vendo todos esses livros, que continham seu conhecimento e insight, ele acenou para si mesmo.

'Não existe motivo para hesitar.' Ele falou para si mesmo. Então abriu seu laptop pensando em criar um novo livro, que conteria um novo conhecimento.

Ele passou as perguntas chaves que tinha em mente atualmente para a área de rascunhos, e passou tudo o quê já sabia por escrito. Ficando satisfeito com o progresso atual, ele abriu o Chat em grupo.

[Pecado: Kazuma, eu preciso que você responda algumas perguntas]

O nome da capa de seu novo livro se chamava, "Highschool DxD".


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