POV: Baldur.
Apartamento de Peter Parker, Nova York.
Alguns Minutos Depois.
2024.
"Bem, isso poderia ter acontecido de forma mais tranquila." Digo para Peter, me sentando na cadeira na sala usando agora uma roupa simples.
"Você lutou contra o novo Capitão América!" Gritou Peter, entrando na sala.
"Não foi uma luta, apenas destruí a nave e voei para longe com você e esses dois." Digo apontando para o que sobrou dos dois Doombots.
Eles foram os únicos que ficaram parcialmente inteiros depois do ataque.
"Temos que sair daqui, aquela moça assustadora que trabalha para o Fury, com certeza vai encontrar a gente aqui!" Gritou Peter, andando de um lado para o outro nervoso.
"Hill? Não, Alice, cobriu nossos rastros dos satélites deles, e voamos muito rápido para sermos vistos, estamos bem Peter, agora relaxe e se sente, enquanto eu cuido do lixo." Falo para ele apontando para outra poltrona.
Peter, ainda nervoso, sentou.
Depois de finalmente conseguir uma base solida, a nova identidade de Peter, está mais segura que nunca, agora Peter Parker, é um órfão que perdeu seus pais no incidente envolvendo os Vingadores, e sendo maior de idade, assumiu controle total sobre todos ativos deles, isso seria uma abundância de dinheiro e vários outras propriedades, desde casas, apartamentos ou fábricas espalhados pelo mundo, sendo esse apartamento na cobertura de um prédio conceituado uma delas.
Foi realmente fácil conseguir tudo isso depois que consegui consertar a conexão sem fio da Alice, uma inteligência artificial muito superior ao Jarvis, que facilmente arrumou tudo isso em poucas horas, na verdade, foram poucos segundos, mas Alice, levou horas para deixar essa mentira mais concreta a prova de balas.
Devo ficar preocupado que essa grande quantidade de dinheiro deixe Peter, convencido ou idiota?
Isso realmente passou pela minha mente, mas a primeira coisa que ele fez ao receber controle total dos seus ativos, foi salvar a ONG da sua Tia, que entrou em colapso depois da sua morte, e como ele nunca existiu como sobrinho dela, e o Homem-Aranha, atacado por metade do povo de Nova York, acreditando nas mentiras do Doutor Mistério ou do reporte idiota, ficou completamente sem fundos para funcionar, até agora.
Peter, ainda é o Peter, e dinheiro não vai mudar isso.
Então, movo minha mão arrastando os dois Doombots do chão até mim, puxo o aparelho da Alice, do meu cinto e seguro o crânio do robô com a outra mão fazendo força para torcer o metal deixando suas peças amostra. Conecto Alice, ao seu crânio, e espero.
Depois que conseguir as informações dele, vou usar o metal para construir um traje digno para Peter, muito melhor que a que o Stark, fez para ele.
Só que sem meus recursos, vou demorar um pouco fazendo isso manualmente, mas tive uma ideia de como agilizar isso.
{Upload completo, Senhor.} Avisou Alice.
Puxo ela do pedaço de metal no chão e jogo o Doombot para o outro lado da sala.
"Preciso pegar o outro?" Pergunto para Alice.
{Não senhor, os Doombots funcionam como prevíamos, uma mente colmeia, eles não possuem dados individuais, apenas funções separadas.}
"E Doom, é a rainha dessa colmeia, os controlando diretamente por meio de uma AI ou algo do tipo." Tento adivinhar.
{Incorreto senhor, Doom, os controla diretamente por meio de um link metal.}
"Vamos Alice, isso é impossível, não importa o quão inteligente um ser possa ser, é loucura controlar tantos de uma vez, não de uma forma organizada e complexa!"
{O sistema operacional de cada Doombot, é uma cópia simples da personalidade de Doom, dessa forma, é como se ele estivesse apenas controlando uma parte familiar do seu corpo, números assim não importam.}
"Isso quer dizer que Doom, estava nos vendo durante a luta e sabe onde estamos?"
{Não senhor, os robôs são mais que inteligentes para se moverem sozinhos, só as ordens e estratégia especificas são enviadas pelo seu líder, como milhares deles foram espalhadas por todo multiverso para o encontrar, Doom, não pode acompanhar tanto fluxo de informação."
Isso é uma loucura brilhantemente inteligente.
"Algum banco de dados?" Pergunto em seguida.
{Não senhor, por conta da conexão, um sistema como esse é desnecessário.}
"Claro que é, quanto tempo até ele nos encontrar?" Pergunto esperançoso.
{Analisando os protocolos e lista de multiversos de busca usado por esse esquadrão, duas horas, mas se o senhor permitir eu enviar um comando fingindo ser eles, de três a quatro meses.}
Parece que tenho tempo mais do que o bastante para lidar com as coisas aqui, o que não é muito.
"Peter, a um assalto a banco acontecendo do outro lado da cidade, os alarmes ainda não foram acionados." Aviso o adolescente jogando na poltrona já com um celular na mão.
"Eu estou indo!" Gritou ele, jogando o celular e pulando da sua poltrona.
Sem dizer mais nada, ele correu para o elevador que leva até o telhado, e de lá, para suas teias.
"Alice, mande a mensagem."
{Sim senhor.}
Tenho tempo, mas isso não quer dizer que não vou gastar esse tempo sabiamente.
Primeiro, tenho que cuidar da armadura do garoto.
Depois, dá uma pequena ajuda a Nova Asgard, ou seja lá qual é o nome dela agora. Não vou prometer muito nessa questão, já que não tenho poder para retomar a Yggdrasil, mas talvez possa pelo menos aumentar um pouco suas defesas, quem sabe, vou saber mais quando conseguir informações.
Isso é praticamente tudo, o resto do tempo, vou ficar esperando qualquer que seja o problema que essa realidade vá receber, assim talvez, eu possa saber de algo que também possa acontecer na minha realidade. Esse, é o meu maior proposito aqui, já que a inteligência futura é realmente um tesouro.
A também meu plano para vencer a guerra das realidades, já tenho uma direção, só falta colocar todos os detalhes em ordem.
Antes de tudo isso, está na hora de trazer meus companheiros de viagem para essa realidade, eles têm trabalho para fazer.
Levanto puxando os robôs comigo até meu quarto, e os deixo jogados no chão enquanto fecho a porta.
Pego então o aparelho e abro o portal para o local já gravado, a praia.
POV: Baldur.
Terra-46546, Praia, Ilha Deserta.
Segundos Depois.
Ano Desconhecido.
"Parece que vocês estão realmente curtindo suas férias." Comprimento os dois, que nem se deram o trabalho de se levantar.
Usando sua mágica, Strange, construir duas barracas de madeira e vários outros objetos, e agora, Natasha, está deitada numa cadeira de praia usando um maio branco tomando banho de sol enquanto Strange, está cuidando do jantar deles, uma galinha sendo assada em cima da fogueira, ele está fazendo isso vestindo uma camisa florida, sunga e uma garrafa de cerveja na mão.
"Você voltou!" Falou ele o obviou, jogando a lata de cerveja no ar a deixando flutuando para depois tirar os óculos escuros.
"Nós realmente aproveitamos nosso descanso, sabendo muito bem que ele não ia durar muito." Disse Natasha, ainda deitada na sua cadeira.
"Você estava certa, agora se juntem logo, tenho muita coisa para dizer."
Muito relutantemente, os dois se juntaram comigo ao redor da fogueira sentados em pedras.
Primeiramente, contei a eles o que aconteceu até eu encontrar o ponto de controle de Kang, assim como meu encontro com seus subordinados e o meu recuar.
"Quanto tempo foi para você no final?" Perguntou Natasha.
"Um ano ou dois, talvez, não que isso importe para mim, já estou muito acostumado com a passagem de tempo."
"Esse Kang, é um problema assustador, ele realmente conseguiu te ferir com apenas tecnologia na sua primeira luta, e usando a loucura da viagem do tempo, vai saber o quanto essa tecnologia avançou ou quantos planos ele criou para lidar com você." Strange, foi mais pragmático e entendeu o verdadeiro motivo dessa conversa.
"Ele com certeza já fez isso tudo e muito mais, e não podemos fazer nada sobre, mas a boas notícias, a colheita realmente foi muito boa." Contei pegando o aparelho da Alice.
"Quanta informação você conseguiu?" Perguntou a espiã, a única fora eu aqui que sabe o poder da informação.
"O bastante para fazer um plano e não ficar andando por aí as cegas, e a primeira coisa que vamos fazer nesse plano, e recuperar o Visão!"
"Isso é bom, eu quero dar uma olhada nessa informação depois."
"Claro Natasha, vou dar uma cópia para você, vai demorar para ler tudo, mas temos algum tempo na realidade que estou antes de fazer qualquer coisa." Conto, e ela acena para mim.
"Por que não vamos logo agora?" Perguntou Strange, mexendo na galinha quase assada em cima da fogueira.
"Isso é a segunda coisa que tenho que contar para vocês, na verdade, arrumei algumas obrigações na realidade que estou agora…"
Contei então sobre como o Peter do MCU, salvou minha vida, e sobre a realidade que era um pouco parecida com a nossa.
"Entendo que você tem uma dívida com o garoto, mas por que nos levar para lá?" Perguntou ele em seguida.
"Por que não é só eu que tenho uma dívida com o garoto!"
Expliquei a dívida que o outro Strange, tem com Peter, e do porquê o meu portal deu erro.
"Caramba Strange, você com certeza pisou na bola agora." Suspirou Natasha.
"Não era eu! Eu nunca deixaria um feitiço perde o controle dessa forma, é ridículo pensar que tal coisa pade ser possível!"
"Tecnicamente foi você, e isso faz sua culpa." Digo, pondo fim no assunto.
"Concordo com ele, se você realmente pode ajudar o menino, faça isso." Natasha, concordou comigo.
"Tudo bem! Mas não prometo nada!"
"Você nem ouviu meu plano para ajudar ele." Comento.
"Me conte mais tarde, o único plano que quero saber agora, é aquele sobre o que vamos fazer com Kang, e o resto dos loucos."
"Ah, eu tenho um plano, na verdade, quase um plano completo." Digo para ele com um sorriso no rosto.
Começo a contar meu plano para todos, não é tão complicado, mas mesmo assim, é infinitamente complexo, já que vai estar sendo posto em pratica numa escala multiversal, e qualquer pequeno erro na sua execução ou intervenção do inimigo, pode e vai nos levar para uma derrota bem amarga.
"Você é louco!?" Gritou Strange, se levantando da sua pedra dez segundos após eu acabar de contar meu plano.
"Existe uma linha tênue entre a genialidade e a loucura!"
"Poupe-me, com certeza ficou louco após viajar tanto tempo sozinho, porque eu não vejo como um plano tão caótico como esse ter saído da mente de um homem em plenas faculdades mentais!"
"Doutor Strange, o estado normal do multiverso é a loucura, sem ordem ou amarras, para proteger seu estado natural, temos que agir da mesma forma."
"Nat, o que você acha dessa loucura?" Perguntou ele olhando para ela, que estava calada desde então.
"Pode dar certo!" Inesperadamente, até mesmo para mim, ela diz essas palavras.
"Então todos loucos!" Gritou Strange, se jogando de volta para a pedra onde ele estava sentando a pouco.
"Nem de longe, eu concordo que é incrivelmente arriscado confiar tanta coisa nas mãos de um terceiro, mas eu não vejo outra forma de ganhar contra viajantes do tempo com talvez milhares de anos de experiência e preparo a não ser usando uma ideia completamente fora da caixa, algo que nem mesmo em um milhão de anos eles esperariam."
Ela está certa, essa também foi minha ideia inicial que me levou a esse plano, o principal problema dele, foi pensar nessa forma, já que meus inimigos têm muito, muito tempo de vantagem.
"Que seja, não vou dizer mais nada, o lado bom desse plano, é que se ele não der certo, não vamos estar vivos para lidar com o que sobrou depois." Strange, parece finalmente desistir e aceitar o plano.
"As apostas são altas no jogo envolvendo o multiverso." Digo.
"Que seja, vamos logo para essa realidade ajudar o menino, você acabou com o clima da praia!"
"Fale por você mesmo, não vou sair daqui antes de comer essa bela ave, demorei duas horas para encontrar temperos pela floresta." Falou Natasha, olhando para a galinha no fogo.
"Enquanto comemos, vou contar meu plano para ajudar o menino." Digo sorrindo para Strange.
Essa foi o último dia calma para nós por muito, muito tempo.