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Chapter 17: Arma

"Não explanaria meu próprio tio." Artur disse.

Eu apenas acenei com a cabeça.

"Bom, venham aqui."

Ele se levantou e começamos a segui-lo até o fundo da loja.

"Osias, cuide do lugar por enquanto. Vou ali com os garotos. Se aparecer alguém importante pode me chamar."

"Certo, chefe." O garoto de óculos no balcão respondeu.

André abriu a porta que levava para os fundos e nós entramos atrás.

Me deparei com uma sala de estar luxuosa. Paredes pintadas de marrom com listras brancas, piso de mármore, uma TV de mais de 40 polegadas, dois belos sofás de linho e um grande tapete no centro. Honestamente, não parecia em nada com a casa de um bruxo.

"Lar e trabalho entrelaçados, até que não é ruim." André disse.

Na parede da direita tinha uma porta que levava para a rua.

Ele passou pelo sofá e foi para o corredor aberto que dava de frente para a cozinha, também não se parecendo com a de um bruxo. Honestamente, micro-ondas? Achei que esquentavam a comida usando magia, soa bem mais fácil.

Ele virou a esquerda e entrou em uma porta antes fechada. Quando entramos era uma sala quase vazia, além de um tapete e uma estante desprovida de qualquer coisa no canto.

Ele foi até o tapete e o jogou para o lado, revelando um alçapão no piso.

"Parece um tanto secreto..." Eu murmurei audivelmente.

"Não era muito o objetivo. Apenas que colocar um cômodo no meio da casa assim é meio perigoso, muitas coisas que podem acontecer e eu não quero colocar milhares de prevenções mágicas."

Ele abriu a portinhola para cima e entrou, fazendo um sinal com a mão para nós entrarmos também.

Descendo a pequena escada um tipo de laboratório químico apareceu na minha frente, com um tamanho que era difícil acreditar ficar só embaixo da casa, com certeza atingia mais terreno.

"Já tem um feitiço para impedir algum tipo de gás tóxico de se misturar no ar. E aqui é onde eu fabrico a maioria das armas da loja, embora algumas sejam compradas de outras partes do país."

"Parece incrível."

"E é. Se liga nisso." André disse indo mais afundo da sala.

Tinham algumas cúpulas de vidro com itens flutuando dentro.

"Essa varinha aqui é uma das mais especiais que já criei. Infelizmente varinhas precisam de donos compatíveis com elas, diferente das armas brancas ou de fogo. 27 centímetros, Pau-Brasil e núcleo de Hydra." Ele disse enquanto mostrava uma varinha vermelha dentro de uma das cúpulas.

"E o que ela tem de especial?" Perguntei.

"Primeiro de tudo, corrige um dos erros da magia com varinha. Tem um mecanismo nela, um tipo de feitiço ritualístico até, em que ela volta para o dono sempre que ele a chamar pelo nome. Pode até mesmo aparatar se estiver muito longe ou bloqueada por algo." André disse com os olhos brilhando de auto admiração.

"Uma varinha se auto aparatar... é quase como se ela tivesse alma própria." Eu disse.

"Realmente parece isso, mas é obra humana, e uma minha ainda."

"Seu nível de proficiência deve ser extraordinário."

"Hehe, talvez. Outra coisa é que ela aprimora o atributo elementar em que você tiver mais afinidade, quanto mais usar magia daquele elemento, rapidamente mais poderoso esse feitiço se tornará. Além disso, tem os aprimoramentos mais comuns em que tem menos demora para soltar os feitiços, entre outros desse tipo."

"E você não colocará à venda na loja?"

"Por um tempo determinado, não. Algumas pessoas mais importantes e ricas podem pagar para vir aqui e caso tenham compatibilidade com a varinha então podem levá-la por um bom preço. Do contrário podem levar outras das armas, que também não ficam para trás."

"Entendo, não muito propícia para o público comum."

"Exatamente, mas se não aparecer ninguém, então não temos escolha. Outra coisa poderosa é essa espada, chamo de Mil Caveiras." Ele falou, e realmente deve ter achado o nome incrível pela entonação que usou.

O determinado item tinha uma empunhadura amarela, a lamina parecia que realmente era feita de ossos e tinha um formato meio irregular, com ondinhas tortas nas laterais. Um gás estranho emanava dele, igual a espada que outrora eu vi, mas esse era muito mais místico. Era preto e parecia que tinha vida própria.

"Ossos de Luison."

Artur que não tinha falado nada até agora se tremeu ao meu lado.

"O que? Mataram Luisón? E estão usando seus ossos para fazer uma espada? Isso não é perigoso, tio? Me parece uma profanação completa."

"Não seja tolo, Artur. Luisón é imortal até onde sabemos, assim como a morte não pode morrer. Tudo que temos foi encontrado na Mata Etsa. Provavelmente ele se machucou de alguma forma e criou outro corpo." Apesar de dizer isso, André soava meio nervoso, provavelmente ele também tinha medo dessa moralidade metafísica.

"O que ou quem seria capaz de machucar Luisón?"

"Bom, isso eu já não faço ideia." André falou e Artur apenas se calou meio tenso.

"Mas não se preocupe, é só uma especulação, talvez ele tenha 'trocado de pele' por outro motivo. Voltando a espada, devo dizer que é uma das coisas mais perigosas aqui. Está vendo esse gás negro? Um corte dessa coisa e a morte é garantida."

"Assim como... um Avada Kedrava?" Eu disse, esperando que ele conhecesse as maldições.

"Sim, o efeito é o mesmo, é diferente de qualquer coisa que já criei, e foi muito difícil pois eu não podia tocar diretamente no osso. No final deu tudo certo, mas duvido que alguém possa realmente usar isso algum dia."

"É uma bela coisa para exposição."

"Soa patético, mas é verdadeiro."

"Falando nisso, porém, bruxos também lutam com espadas?" Eu questionei honestamente, pois nunca vi algo assim nos livros.

"Claro que sim, e muitos. Não viu a mulher comprando a adaga antes? Lâminas são populares, meu garoto. Bruxos não são só carinhas que ficam de longe jogando feitiços das varinhas, bom, desde que você saiba como usar efetivamente."

"Entendo... E o que você prefere dentro dessas coisas?"

"Fuzis, sem dúvidas."

"Se for dessa forma, mostre-nos um."

"Fuzil? A maioria vai seguir o mesmo padrão. Mas posso lhes mostrar algo mais incrível que começamos a desenvolver."

"E o que seria isso?"

Ele ergueu o dedo e apontou para uma cúpula que tinha uma pistola simples dentro, nem mesmo desenhos ou inscrições a adornavam, totalmente negra e parecia até feita de plástico, achei que era uma piada por um momento, mas senti pelos batimentos cardíacos do homem que era verdade.

"É uma arma com balas de capacidade metafísica."

Artur ergueu a sobrancelha em confusão.

"Metafísica? E o que isso quer dizer?"

Eu, entretanto, já sabia para onde isso estava indo.

"Com isso, podemos afetar até mesmo espíritos."


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