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Chapter 45: Missão arrumar querubim

— Então... Uma garota está vindo aqui pra te arrumar? Os céus atenderam as minhas preces.

— Ei! Não é pra tanto, mãe.

— Estou surpreso que tenha concordado com isso. Não me parece se importar com concursos — Lembrava Pete enquanto penteava os cabelos da pequena Lisa.

Theodore suspirava enquanto ajeitava os lanches dos jogadores na bolsa térmica.

— E não me importo, sei lá. Não achei uma má ideia mudar um pouco. Ano que vem é o último ano da escola, e eu queria fazer algo diferente pra me lembrar...

— Ou está fazendo isso por causa do garoto novo que me disse?

— Não sei do que está falando.

Prestes ser interrogado pela mãe, foram salvos pela batida na porta da frente. Aline abandonara os lanches que empacotava pra ir atender a porta, deixando Theodore suspirar aliviado por alguns minutos apenas.

— Mas é realmente surpreendente que tenha aceitado ajudar essa garota.

— Vai saber o porquê.

Risadinhas femininas ecoaram pela casa, e Theodore tivera a certeza de que a visita se tratava de sua nova amiga. Assim que Lilian aparecera na cozinha, Pete arqueara a sobrancelha descendo os olhos para a pequena Lisa que estava em seu colo. Em seguida, fitara Theodore, que apenas rira nasalado.

Certo, era nítido que o irmãozão tinha fraco por garotas fofas.

— Bom dia, sou Lilian é um prazer conhecê-los e me perdoem pela invasão em sua casa.

— Tudo bem, seja bem vinda. Sou Pete, o padrasto e essa é Lisa nossa filha.

Lilian olhara para a pequena garota que a fitava curiosamente. Então Lisa estendera os braços manhosamente para o irmão mais velho, formando um bico nos lábios.

— Irmãozão é meu!

— Ela é minha amiga da escola — Explicava Theodore beijando as mãozinhas de sua irmã. — Não precisa ficar com ciúmes.

— Oh mas eu também gosto desse irmãozão — Brincava Lilian se agachando na frente da menina — Mas não vou roubar ele de você, não se preocupe.

— Mas... Mas...

Os olhinhos claros logo marejavam em pura manha. Pete terminava de arrumar os cabelos da garotinha, a virando em seu colo.

— Iremos ao parque brincar com suas amigas, mas o irmãozão tem compromisso e vai ficar sozinho. Não seria legal ele ter uma amiga pra cuidar dele por nós?

Lisa formara um bico nos lábios ao olhar para Lilian, e então olhara para Theodore que continuava a empacotar os lanches na bolsa.

— Irmãozão vai ficar sozinho? Não pode né?

— Pois é, seu irmãozão pode chorar se ficar sozinho. Mas prometo fazer companhia a ele, o que acha?

— Tá bom! Mas o irmãozão é da Lisa!

Sem aguentar, Theodore escondia o rosto entre as mãos contendo a sua felicidade em ver tamanha fofura logo pela manhã.

— Muito bem, vamos deixar a nova amiga ajudar o irmãozão enquanto preparamos o almoço do irmãozão pra ele levar.

— Vamooooos!

Imediatamente Lisa saltara do colo do pai e o puxara pelo braço pra ir até a cozinha. Lilian ria do jeito meigo da pequenina, então virando-se para Theodore o cutucara no braço.

— Ela se parece contigo, querubim.

— Ganhei um apelido agora?

— Aham! Então... Já terminou por aí?

— Sim — Respondia ao fechar o zíper da bolsa. — Como instruiu, preparei tudo ontem mesmo.

— Oh, então é você quem vai arrumar esse menino. — Intervinha Aline abraçando o abraço de Lilian.

— Mamãe...

— Será uma missão difícil, senhora Moss, mas cumprirei com o meu dever de extrair a beleza desse anjo querubim.

— Realmente será difícil... Todas as vezes que tento arrumar esse menino, ele me afasta. É muito difícil sabe?

Theodore revirava os olhos com o drama da mãe, mas não abafava o riso e nem a diversão com a interação daquelas duas.

— Eu sei. Mas sou determinada. Além disso — Lilian se inclinara para encarar Theodore — tenho certeza de meu árduo trabalho fará certo alguém cair aos seus pés.

Theodore simplesmente paralisara, enquanto que Aline abria a boca estupefata segurando as mãos de Lilian.

— Você sabe! Ahá, quem é ele?

O ômega intervira entre as duas mulheres, segurando os ombros de Lilian a empurrando em direção das escadas.

— Espera espera, temos que ir fazer esse troço. Não posso me atrasar.

— Não ouse fugir de mim de novo, Theodore!

O grito da senhora Moss fora devidamente ignorado pelo filho.

Assim que Lilian fora apresentada ao guarda roupa de Theodore, ela compreendia o desespero daquela mãe. O loiro ômega tinha várias vestimentas bonitas que pareciam novas e intocáveis, e estrategicamente as roupas de moletom ficavam penduradas perto da porta do armário facilitando seus acessos.

A garota beta suspirava inconformada em ver tantas roupas bonitas escondidas no guarda roupa. Obviamente dera uma bronca em Theodore, mas o ômega não se sentira culpado quando uma garota fofa tentava parecer brava.

Enquanto o ômega fosse se banhar, Lilian escolhera o conjunto de roupas deixando sobre a cama arrumada. Até mesmo par de meias e tênis ela deixara separado, em uma clara mensagem subliminar de que deveria seguir seus conselhos.

Deixara o quarto pro garoto se trocar, conversando sobre seu ardiloso plano com Aline depois de encontrá-la tentando espionar o quarto do filho. As duas trocaram ideias para o desespero de Theodore, aumentando o medo quando ambas retornaram para o seu quarto a fim de arrumar os seus cabelos loiros.

— Já está na hora de irmos!

— Estamos prontos por aqui. — Gritava Aline de volta ao marido, parada na porta olhando o filho emocionada. — Finalmente está apresentável.

— Mãe...

— Vou ajudar Pete a arrumar o carro. Desçam logo vocês dois.

— Sim senhora Moss.

Deixando os dois jovens sozinhos, Theodore e Lilian entreolhavam-se e riam. O último toque fora o frasco de perfume que a garota espirrava em pontos estratégicos, encarando o reflexo do ômega no espelho.

— O que achou dessa pequena produção?

Theodore olhava o próprio reflexo e abria um sorriso largo.

— Gostei... E admito que estou nervoso.

— O assistente do time de vôlei fará sua grande estreia. Inteligente e bonito, ninguém se importará com os rumores de sua classe. — Lilian segurou os braços de Theodore o virando de frente para si, abrindo um sorriso fraterno — Mas acima de tudo, seja você mesmo. Se divirta, e eu estarei do seu lado para o que for necessário.

— Eu sei. Vamos? Tenho que chegar no ginásio antes do time.

— No ginásio? — Questionava Lilian confusa — Pensei que iria pra escola pegar o ônibus.

Abrindo um sorriso envergonhado, Theodore negava com a cabeça.

— Sou um ômega gay, não devo estar em lugares fechados com outros garotos.

— Oh... Não sabia disso. Então temos que nos apressar mesmo, não é? Afinal... Eu disse pra sua mãe que faria alguém cair aos seus pés diante de sua beleza.

Theodore concordava com a cabeça rindo divertido. Uma coisa era uma pessoa dizer que você é bonito, outra você se sentir bonito. Aquela sensação era simplesmente prazerosa fazendo toda a diferença em seu dia. O ômega simplesmente se sentia empoderado como jamais se sentira.

Logo em seguida os dois adolescentes deixaram a casa e entraram no carro da família Moss. Durante o caminho, Lisa cantarolava o quão feliz estava por ir em um parque junto com suas amiguinhas pra brincarem. Theodore brincava com sua irmã, sendo alvejado com jatos de fofuras e declarações da garotinha.

O ginásio onde os jogos aconteceriam ficavam na cidade vizinha, cujo tamanho era comparado ao da capital do estado. Conhecendo os atalhos da estrada por ser sua rota de trabalho de vez em quando, Pete conseguira estacionar o carro ao mesmo tempo que o ônibus da escola já deixava os jogadores.

— Chegamos à tempo! — Comemorava Pete orgulhoso de si mesmo.

— Oh, quantos garotos bonitos você tem em sua escola.

— Nosso alvo é aquele ali, senhora Moss — Lilian apontara para um rapaz alto de cabelos escuros e corpo magro, que conversava ao lado de outro rapaz alto de cabelos loiros. — Segundo minhas fontes, seu nome é Gabriel.

— Lilian!

— Ora, mas aquele ao lado dele não é Nicolas? Eles se conhecem?

— Mãe se esqueceu quem é o capitão do time?

— Você não disse que ele te respondeu não conhecer o paquera do Theo? — Lembrava Pete se apoiando no volante para também olhar os estudantes.

— Pois é, ele mentiu pra mim. Estou magoada.

— Até onde sei Nicolas não gosta do Gabriel por ele ser amigo daquele garoto loiro ali — Fofocava Lilian.

— Ora, por quê?

Os olhares se viraram para Theodore, que se encolhia no banco do meio do carro. Nunca contara aos seus pais sobre os rumores que se espalhavam na escola à seu respeito, então não diria que Nicolas sempre brigava com Milles pra lhe proteger.

Coçando a nuca, o rapaz ômega escolhera omitir algumas informações.

— Milles é muito popular e as garotas sempre invadem os treinos pra ver ele. Nico detesta a bagunça, então os dois brigam constantemente.

— Nada novo à luz do sol — Ria Pete divertido.

— Ah estou nervosa. — Admitia Lilian quando as portas do carro foram destrancadas — Se ele não babar em você, ficarei muito frustrada.

— Nico percebeu que chegamos. Já devem ir crianças.

— Tchau tchau irmãozão.

Theodore sentira o coração acelerar mais uma vez. Nicolas conversava com Milles e Gabriel olhando para alguns papéis em mãos, provavelmente repassando instruções. O baixinho sonolento havia olhado em volta enquanto Milles dizia alguma coisa, e então reconhecera o carro dos Moss, encarando fixamente. Para o desespero do ômega, Gabriel e Milles o seguiram com o olhar.

Lilian fora a primeira a deixar o carro, com um sorriso empolgado ela abria passagem para um certo ômega descer logo em seguida.

No instante em que Theodore pisara fora do carro, certamente ele roubou a atenção de várias pessoas.

Uma era especial.


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