Download App

Chapter 2: 2: CONFRONTO NAO VILAREJO ESMERALDA

A chuva já estava forte, e os sons de trovões ecoavam por todos os lugares. Animais como coelhos, ursos e pássaros se escondiam em seus ninhos, cavernas e debaixo de árvores para se proteger. Enquanto isso, Alexander já estava correndo há algum tempo, seguindo rumo ao norte. Seu cabelo não estava mais preso em um rabo de cavalo, mas sim colado em suas costas devido às grandes rajadas de chuva.

'Como eu gostaria de estar tomando um copo bem grande de café, mas aqui estou eu, enfrentando toda essa chuva', pensou Alexander, correndo para encontrar um abrigo. A cada passo que ele dava, respingos de chuva voavam para todos os lugares. Foi então que Alexander avistou uma caverna a cerca de vinte metros de distância.

'Ainda bem', pensou Alexander olhando para a caverna. Depois de correr em direção a caverna, ele chegou e rapidamente adentrou. Alexander estava pulando para tirar a água de seu corpo, fazendo isso repetidas vezes. De repente, um frio percorreu suas costas e ele virou, olhando para o fundo da caverna.

'Que lugar mais esquisito é esse? Isso pode ser perigoso e está tudo escuro, não consigo ver nada', pensou Alexander, cerrando os olhos para ver melhor. Bom, o chão na caverna estava todo desregulado, assim como o teto, que tinha várias estalactites finas feitas de rochas. Alexander começou a caminhar e olhar para todos os lados, mas só encontrava pedras e mais pedras.

Foi então que ele sentiu um forte cheiro de sangue. No entanto, isso não o fez parar. Depois de uns vinte metros, Alexander ouviu passos e, da escuridão extrema, um lobo de 2 metros com pelos brancos apareceu, mostrando seus grandes dentes. Dava para ver que ele estava mastigando alguma coisa. Alexander deu um passo para trás e engoliu sua própria saliva.

Um lobo aqui? Ele não deveria estar perto da sua alcateia ou algo assim? Não tenho tempo para pensar nessas coisas agora', pensou Alexander, olhando para o lobo e levando suas mãos em modo de batalha.

O lobo rosnou e rapidamente correu em direção a Alexander. Ele estava a cerca de 10 metros de distância, e essa distância foi encurtada em menos de nove segundos. Mas algo inacreditável aconteceu: o corpo de Alexander se transformou novamente em uma névoa negra. O lobo, que estava correndo, não conseguiu parar e entrou na névoa.

'Isso de novo, essa habilidade do Asmodeus deve ser algum tipo de mecanismo de defesa automático. Bom, já que esse lobo é meu primeiro oponente, vamos ver o que essa névoa é capaz', pensou Alexander com um sorriso irônico no rosto. Então, a névoa começou a criar dois braços que imediatamente seguraram as duas patas traseiras, levantando o lobo a 1 metro do chão.

"Asmodeus não me disse que essa habilidade era tão boa assim", pensou Alexander enquanto observava o lobo se debatendo para se soltar das mãos de névoa. Ele decidiu criar outro braço feito de névoa e desferiu um golpe tão poderoso que atravessou o estômago do lobo. 'Fique quieto, você está me atrapalhando', disse Alexander, jogando o corpo do lobo no chão.

À medida que o lobo parava de respirar, o corpo de Alexander voltava ao normal. 'Preciso entender como essa habilidade funciona. Pelo menos, não preciso mais ter medo de batalhas futuras', pensou Alexander enquanto adentrava ainda mais a caverna. Após meia hora, ele olhou para trás e já não conseguia ver a luz do sol.

'Esse lugar parece não ter fim. Estou cansado de andar... Espere, o que é aquilo?', questionou Alexander. Ele se deparou com uma cobra morta, o que explicava o sangue na boca do lobo. Ao redor da cobra, havia cinco ovos quebrados. Alexander observou a cobra negra, coberta de mordidas, enrolada sobre os ovos.

De repente, algo começou a se arrastar pelo chão e coçar em Alexander. Alexander saltou para trás e caiu sentado. 'Eu pensei que o lobo tivesse matado todas as cobras. Parece que minha habilidade não foi ativada, então talvez esse bicho não quisesse me morder' pensou Alexander. Ele pousou as costas da mão no chão e a cobra sumiu lentamente. A cobra tinha cerca de 10 centímetros, olhos amarelos e com escamas completamente negras, como se fosse a própria noite.

'Hahaha! Eu não sei se você é fêmea ou macho, então, por enquanto, você é Drake' disse Alexander, rindo enquanto caminhava. Drake se enrolou no pulso de Alexander, olhando para ele como se entendesse o que estava acontecendo.

Enquanto isso, na entrada da caverna, Alexander olhava para o céu. Ele estava vestindo a pele do lobo, com uma saia improvisada, e Drake dormia tranquilamente em cima de sua cabeça. 'Agora temos roupas e comida. Estamos prontos para continuar nossa jornada em busca de uma vila ou reino' disse Alexander. Drake abriu os olhos e deslizou até o pulso de Alexander.

Em seguida, eles deixaram a caverna e partiram em direção ao norte. Duas horas se passaram e a escuridão reinava por todos os lados. A chuva fria respingava das árvores sobre Alexander, fazendo-o sentir o frio penetrar em seu corpo. "Você está bem, Drake? Fui idiota sair agora. Me desculpe, meu amigo", disse Alexander, acariciando Drake com a ponta do dedo indicador.

Devido ao solo encharcado e aos galhos molhados, eles não conseguiram acender uma fogueira. Eles só puderam apenas seguir em frente. Para passar o tempo, Alexander começou a contar lembranças de sua vida passada.

"Sabe, Drake, em minha vida anterior, não tive tanta sorte. Minha mãe fazia coisas erradas para sustentar a mim e meus irmãos. Vivíamos em um lugar onde o lema era 'cada um por si'. Quando eu tinha oito anos, comecei a roubar celulares, comida de supermercado e outras coisas. Continuei assim até minha mãe ser estuprada por três caminhoneiros e acabar morrendo. Eles foram presos", contou Alexander, com lágrimas nos olhos. Ele respirou fundo e continuou.

"Eles tinham dinheiro e advogados melhores, então pegaram penas leves e tudo ficou por isso mesmo. Fiquei tão enfurecido que planejei a morte dos três. Cinco anos se passaram e eles foram soltos. O primeiro foi difícil de matar, mas com o segundo e o terceiro fui mais eficiente. Eu os persegui com um revólver que minha mãe mantinha em casa.

Após isso, me tornei adulto e comecei a traficar pessoas e todo tipo de coisa. Meu nome era conhecido por todos, até que uma operação policial ocorreu na favela. Não me lembro como morri. Acho que é melhor assim", desabafou Alexander, enxugando as lágrimas.

Uma semana se passou desde o início da jornada, e Alexander finalmente saiu da floresta. Ele olhou para trás e lançou um último olhar antes de seguir em frente com Drake.

"Bom, Drake, como eu estava dizendo, a única coisa boa que tive em minha vida passada foi minha filha. Ela era perfeita, sabe? Quando você não vê futuro e tudo ao seu redor é cinza e sem esperança, mas quando ela nasceu, senti que minha vida ganhou uma nova luz. Parecia até que eu via asas quando a peguei pela primeira vez. Por isso, a chamei de Angel", disse Alexander, acariciando a cabeça de Drake com o indicador.

"Olhe como este lugar é lindo, Drake", disse Alexander, enquanto Drake permanecia em seu cabelo. "Acho que é hora de comer. Estou faminto, mas como Drake está dormindo, ele não vai comer", acrescentou. Rapidamente, Drake começou a se mexer e deslizou até o pulso de Alexander. "Hahaha! Eu sabia que você não estava dormindo, mas pelo menos é um bom ouvinte e não interrompe minhas histórias", brincou Alexander, gargalhando.

Caminhando por uma estrada de terra mal cuidada, Alexander se deparou com campos verdejantes e ouvia o canto dos pássaros ao redor. A cerca de 10 metros de distância, havia cercas de madeira e algumas vacas, indicando a presença de humanos na área.

De repente, Alexander avistou uma bifurcação e, um pouco antes dela, duas placas indicando cada caminho. A primeira placa estava apagada, impossibilitando a leitura, enquanto a segunda parecia ter sido colocada recentemente. Nela, havia o nome "Vilarejo Esmeralda".

"Não tem jeito, vamos para esse vilarejo esmeralda. Só quero deitar e dormir um pouco, meus pés já criaram bolhas de tanto andar. Você tem sorte, Drake, de pegar carona e dormir quase o dia inteiro", disse Alexander, seguindo a segunda placa.

Ele não tinha muito o que fazer, era seguir a placa suspeita ou a placa com uma pintura nova. Assim, Alexander foi caminhando por meia hora e saiu em frente a um vilarejo. Esse vilarejo tinha, aproximadamente, 200 metros e uma muralha feita de madeira cercando-o. "Veja, Drake, chegamos, isso é estranho, não tem guardas ou nada do tipo? Bom, sendo assim, melhor ainda", disse Alexander adentrando no vilarejo.

Todos do vilarejo estavam correndo para a entrada. Tinha alguns que não tinham braços ou estavam desmaiados porque perderam muito sangue. Alexander parou e começou a olhar em volta. Até que um idoso parou e olhou no fundo dos olhos de Alexander com uma carranca e disse: "Corra, minha jovem, os pestes negras estão aqui." Alexander ficou com raiva, não porque os bandidos estavam matando pessoas inocentes, mas sim porque o idoso o confundiu com uma mulher.

"Vá embora, velho, esse lugar não é para você", disse Alexander olhando para cima, vendo uma fumaça densa no centro do vilarejo. "Vamos nessa, Drake." Então, ele correu e se deparou com casas destruídas e cadáveres por todos os lados. Chegando perto, Alexander podia ver um homem com queimaduras leves. Ele estava segurando um corpo. Pelo tamanho, era de um jovem, mas não dava para reconhecer porque estava todo carbonizado.

"Hahaha! Esses são os melhores guerreiros desse lugar? Seu filho não passa de um rack D iniciante", debochou o homem com duas manoplas vermelhas nas mãos. Ele tinha 1,80 de altura, cabelos negros, olhos castanhos e era todo musculoso. Atrás dele, havia um grupo de doze pessoas.

Alexander virou a cabeça em direção ao homem, seus olhos transbordando raiva, e gritou: "Ei, babaca, então você se acha forte, gosta de matar pessoas?" Alexander avançou em direção ao homem, que estava segurando o corpo do filho, e pegou uma espada com detalhes de dragões na lâmina e um cabo preto.

"Hahaha, olha só vocês chamaram uma mulher", zombou o homem com um sorriso vicioso.

Alexander respirou fundo, apertando o cabo da espada. "Como pude esquecer do Drake? Desculpe, amigo, mas você precisa ficar um pouco aqui no chão", murmurou ele, enquanto pegava o Drake de sua cabeça e o colocava cuidadosamente no chão.

"Agora sim, vamos começar", murmurou Alexander. Ele deu um passo à frente e, num piscar de olhos, desapareceu. O homem sorriu confiante, cruzando os braços para receber o golpe. Porém, Alexander surgiu atrás dele e desferiu dois golpes rápidos, seguidos de um chute certeiro na costela.

O homem, surpreso e enfurecido, segurou o pé de Alexander e, com uma gargalhada, disse: "Hahaha, você é forte para uma garota. Meu nome é Nicarus, e qual é o seu?" Nicarus arremessou Alexander, que se chocou contra quatro casas antes de parar na quinta, deixando-o tonto e com sangue escorrendo pelos lábios.

Alexander tossia sangue e sua espada estava quebrada ao meio. "Ai, minha cabeça. Eu não esperava que ele fosse tão poderoso", pensou Alexander, coçando a cabeça. Ele estava deitado sobre os destroços da casa, então se sentou, esticou o corpo e decidiu elevar o nível do confronto.

Nicarus estava caminhando em direção a Alexander quando viu uma névoa negra surgir, envolvendo um raio de dez metros ao redor dos destroços. "O que é isso? Onde está aquela garota?", pensou Nicarus, ativando sua habilidade.

[MANOPLAS FLAMEJANTES]

ESSA HABILIDADE PERMITE QUE O INDIVÍDUO ENVOLVA SUAS MÃOS COM CHAMAS ARDENTES, PODENDO LANÇAR RAJADAS DE FOGO E CRIAR ATAQUES INCENDIÁRIOS

A névoa se espalhou rapidamente, envolvendo Nicarus por completo. "Que porra é essa? Será que é uma habilidade daquela maluca?", pensou Nicarus, desferindo golpes contra a névoa. Mas,de repente, ele recebeu um soco poderoso no estômago, o que o fez vomitar um bocado de saliva pela boca. Determinado, Nicarus aumentou a intensidade de seus golpes contra a névoa.

"Se eu adicionar mais cinco braços, será que ele vai aguentar?", pensou Alexander, concentrado. Rapidamente, ele criou mais braços, multiplicando sua força e agilidade. Alexander e Nicarus iniciaram uma troca de golpes furiosa, fazendo a terra tremer sob seus pés. Com a habilidade de Nicarus ativada, o chão ao redor deles começou a queimar, criando labaredas que iluminavam o combate com uma luz ameaçadora…


Load failed, please RETRY

Weekly Power Status

Rank -- Power Ranking
Stone -- Power stone

Batch unlock chapters

Table of Contents

Display Options

Background

Font

Size

Chapter comments

Write a review Reading Status: C2
Fail to post. Please try again
  • Writing Quality
  • Stability of Updates
  • Story Development
  • Character Design
  • World Background

The total score 0.0

Review posted successfully! Read more reviews
Vote with Power Stone
Rank NO.-- Power Ranking
Stone -- Power Stone
Report inappropriate content
error Tip

Report abuse

Paragraph comments

Login