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Chapter 3: Truques Fúteis

De volta a frente Leste, no campo de batalha...

Lá estava o homem de cabelos verdes que se apresentou como sendo Luan Hei, após o próprio Arquiduque tendo se apresentado.

Com sua espada já sacada e em posição de batalha, ele esperou que Mary tomasse a iniciativa de atacá-lo.

Porém, Mary não se moveu um único centímetro desde então, o que enfureceu Luan Hei que já jazia parado a muito tempo.

— Ei, você não queria me enfrentar? Porque não se move então?

Mary olhou desconcertante para o homem e lhe respondeu claramente:

— Não deveria ser o mais fraco a tomar a iniciativa em um duelo?

Luan Hei então notou seu erro ao esperar que Mary o tratasse como um igual.

Cerrando os dentes ele avançou ferozmente ao empurrar os pés contra o solo, deixando uma pequena marca onde anteriormente estava.

Em questão de segundos ele alcançou Mary e rapidamente cortou com sua espada em direção ao seu pescoço.

Mas sua espada apenas cortou o vento e seu alvo desviou dando um passo para trás.

A espada roçou o delicado pescoço de Mary e seguiu seu caminho...

Luan Hei reagiu rapidamente ao torcer o pulso, assim girando a espada ao contrário e novamente cortou em direção ao seu pescoço.

Dessa vez Mary não se afastou, mas se abaixou e em seguida golpeou a barriga do oponente com a parte de trás do punho da espada.

Luan Hei deslizou bruscamente pela terra até finalmente conseguir se estabilizar.

Ele no último segundo moveu sua mão esquerda para bloquear o golpe e felizmente o conseguiu, embora a força do impacto tenha sido a mesma.

Mary se levantou e olhou para ele decepcionada.

— Isso é tudo que tem?

Luan Hei sentiu seu rosto queimar de raiva e olhando ferozmente para Mary ele novamente avançou em sua direção.

Dessa vez uma fina aura amarelada envolvia suas pernas, aumentando assim exponencialmente sua velocidade a ponto de ser impossível de localizá-lo...

Mary levantou uma das sobrancelhas em curiosidade.

De momentos em momentos algumas imagens residuais eram vistas em torno de Mary após se seguir de uma enorme corrente de vento...

Luan Hei estava usando toda sua velocidade para incapacitar Mary de reagir ao seu próximo golpe.

Então decididamente avançou em Mary pela diagonal de trás e mirou em seu coração.

Ingênuo! Mary suspirou ao pensar na grande ingenuidade do homem.

Seu corpo girou para o lado a uma velocidade ainda mais alta do que a de Luan Hei, criando várias imagens residuais até sua posição atual.

O homem não teve tempo de reagir e sua espada cortou novamente o vento , só que dessa vez Mary contra-atacou em cheio.

Rapidamente levantando o joelho, acertou sua barriga bem no centro, causando uma enorme dor ao oponente.

Luan Hei caiu de joelhos enquanto vomitava, a dor superou seu foco na batalha.

Olhando friamente para o patético homem a sua frente, ela perguntou:

— Mestre da espada? Nha, que mentira, você ao menos sabe usar direito sua aura?

Após essa pequena troca de golpes, Mary notou que ele era apenas um recém-chegado ao patamar dos mestres de espadas.

Percebendo isso sua êxtase se extinguiu rapidamente, um mero recém-chegado a esse patamar não era um oponente a altura.

Mas parando para pensar, agora sim faz sentido o Conde Azir que era apenas um 1° classe ter conseguido barra-lo por tanto tempo.

Afinal, entre cada patamar existe uma enorme discrepância de força e embora o Conde Azir estivesse perto de atingir a classe de mestre da espada, ainda não havia a atingido.

Mas seria possível para ele confrontar temporariamente um mestre da espada que acabou de atingir esse patamar.

Havia uma diferença clara entre um experiente mestre da espada e um iniciante mestre da espada...

A maneira como eles manuseavam suas auras era muito mais refinada e contida do que como Luan Hei utilizou.

Enquanto olhava para ele friamente, sua espada se moveu até a parte superior de seu pescoço.

O sentimento gélido que a lâmina transmitiu para Luan Hei o fez suar frio e esforçadamente levantou a cabeça para encarar Mary.

Os olhos de Mary estavam desprovidos de vida nesse momento e ao encara-lo um arrepio percorreu o corpo de Luan Hei de cima a baixo.

Naquele momento ele percebeu que sua morte estava próxima, Mary iria decapita-lo a qualquer momento.

Lentamente moveu sua mão de maneira secreta até um dos bolsos e firmemente segurou uma pedra azul em sua mão.

Sentindo o frio que exalava dela, ele suspirou aliviado e esperou calmamente o movimento da espada de Mary.

Mary olhou curiosamente ao ver sua expressão se acalmar lentamente...

Ele aceitou a derrota? Improvável, muito improvável!

Mary pensou silenciosamente, embora por fora ele parecesse ter aceitado sua derrota, seus olhos ainda brilhavam de vitalidade e vontade de viver.

A espada desceu rapidamente em direção ao seu pescoço e percebendo isso, urgentemente quebrou a pedra azulada em sua mão.

Em questão de milésimos a espada o decapitou, sua cabeça rolou pelo solo gélido e sangue jorrou de seu pescoço decepado.

Mary não se importou de desviar e por fim foi atingida no rosto.

Seus olhos semicerraram e uma frieza indescritível cruzou suas pupilas.

Um homem alheio aos pensamentos atuais de Mary se aproximou lentamente e parou a poucos metros dela.

Sua voz tingida de relutância e medo, esse era o vice-comandante do batalhão inimigo.

— Agora que nosso comandante morreu em um duelo justo, não iremos mais avançar e assim gostaríamos de poder recuar.

Mary apenas caminhou até ele e colocou suas duas mãos sobre os ombros do homem.

— Qual o seu nome?

Sua voz era desprovida de qualquer emoção e apenas continha uma frieza horripilante.

— M-Magner!

Em meio a ansiedade e medo, gaguejou seu nome...

Mary notou sua turbulência de emoções em seu interior e um sorriso gelado apareceu em seu rosto.

— Sir. Magner... O senhor sabe o que mais me enfurece?

O homem começou a suar frio quando Mary se dirigiu a ele mais uma vez, seus ombros pareciam despedaçar diante o forte aperto da garota.

A dor intensa começou a incomoda-lo e seu desespero surgiu em sua expressão.

O aperto era tão forte que seus ossos pareciam estar sendo dilacerados.

Magner percebeu que não aguentaria por muito tempo e ignorando a pergunta de Mary, tentou desesperadamente se desprender de seu aperto.

— Resposta errada!

A dor em seus ombros se aliviaram instantaneamente ao serem soltos, porém, foi apenas um sentimento passageiro...

As mãos de Mary se moveram tão rápido após pousarem uma em seu queixo e outra em sua nuca, se aproximou de seu ouvido e sussurrou friamente:

— Quando tentam me enganar.

Seus pescoço torceu e um pequeno estralo foi ouvido, semelhante a uma crepitação cervical.

Sua cabeça agora ao contrário encarava seus próprios soldados aterrorizados e a vitalidade em seus olhos desapareceu rapidamente.

Seu corpo despencou e sua armadura se chocou diretamente com o solo.

Mary se virou e caminhou novamente até sua espada que estava fincada no chão ao lado do cadáver de Luan Hei.

Agarrando-a firmemente, ela disse:

— Impressionante devo dizer, 3 magias em um minúsculo período de tempo!

Seus olhos pousaram sobre um soldado comum no meio do enorme batalhão inimigo...

A expressão do soldado vacilou por um momento e suor frio percorreu suas costas.

Mary retraiu seu olhar e o mudou para o cadáver ao seu lado.

Sua voz agora era ríspida e pesarosa...

— Sabem a diferença entre um clone e o seu original?

Mary moveu sua espada e a parou um pouco antes de perfurar o coração do cadáver.

— No lugar do coração, estará seu núcleo que o mantêm vivo.

Sua espada perfurou o peito do homem como tofu e quando atingiu o suposto "coração" um estranho barulho ressoou...

Crash

Mary retirou sua espada e presa a sua ponta estava um núcleo semelhante a vidro, agora despedaçado.

O cadáver também começou a desaparecer aos poucos após ter seu núcleo quebrado.

O clone se desfez em cinzas e desapareceu em meio as correntes de vento.

Mary então levantou um dedo que representa respectivamente uma magia.

— Magia não elemental, Clonagem.

Um segundo dedo se levantou ao lado do anterior e sua voz se tornou cada vez mais gélida.

— Magia não elemental, Substituição.

Como o próprio nome já diz é uma substituição... Diferente da magia de teletransporte onde se pode viajar a distâncias váriadas, tal como a localizações váriadas, essa magia só permitia que trocasse de lugar com outro indivíduo.

E acompanhado disso estaria que você seria transportado para a mesma posição do substituído.

Por isso o clone que substituiu Luan Hei foi submetido a sua posição... Também estando ajoelhado!

E como um clone de Luan Hei, suas feições obviamente eram idênticas ao indivíduo original.

E por fim um terceiro dedo se levantou, seguido de uma voz congelante:

— Magia não elemental, Ilusão.

Seus olhos mais uma vez pousaram naquele simples soldado que não se destacava em nada.

Seu sorriso continha uma frieza imensurável.

— Quanto mais comum você é, mais estranho isso se torna!

O homem era comum, comum até demais, se misturava perfeitamente em meios aos outros e ao mesmo tempo parecia não existir.

Ele foi muito precipitado ao pensar que ao se passar por um soldado comum, o Arquiduque não iria nota-lo...

Porém, desde o início Mary só procurou observar alguma falha naqueles que não se destacavam no batalhão, aqueles que estariam no fundo do ranking.

Suas ações eram legítimas a de alguém em sua posição, porém, ainda havia uma pequena falha... Uma densa quantidade de mana exalava de seu corpo, indicando que ele deveria ter entrado em contato ou conjurado alguma magia recentemente.

Mary conseguiria enxergar os fios de mana desde que reveste-se seus olhos com aura.

Um soldado comum como ele não seria um espadachim mágico, mas mesmo não sendo um ele possuía tanta mana em seu entorno?

Isso definitivamente não era algo comum e ao que parece o próprio soldado não notou a existência da mana em seu entorno, o que evidência que ele não possui um núcleo de mana...!

Mary sorriu novamente, mas dessa vez sua voz continha uma pequena fração de deboche ao questiona-lo:

— Estou certa, Comandante Hei?

A expressão do soldado azedou e em seu interior um pitada de medo começou a brotar.

Os soldados do Império que ficaram abismados com a morte do comandante e vice-comandante inimigo, agora já nutriam um grande respeito por Mary que não só os salvou como também descobriu a armadilha do inimigo.

Mary jogou a sua espada para cima de forma giratória e após muito girar, ela despencou repentinamente.

Mary agarrou sua espada semelhante a maneira que se agarraria uma lança quando a fosse lança-la...

Seus olhos fixaram-se no homem e sua expressão melhorou significativamente ao vê-lo tremendo de medo.

Então no momento seguinte Mary lançou sua espada a uma velocidade assustadora e Luan Hei nem teve chance de poder revidar ou se defender.

Um sentimento desconfortável e opressante envolveu seu corpo, sentindo logo em seguida alguma coisa subir pela garganta.

Blagh

Sua mão rapidamente se moveu até sua boca e a cobriu, porém, a quantidade de sangue era tão grande que escorreu pela sua mão e o encharcou...

Seu olhar incrédulo estava fixo na espada que atravessava seu peito e perfurava seu coração... O sangue pintava dela e grudava no solo formando um enorme poça que crescia cada vez mais.

Usando todo seu resquício de força, ele levantou e encarou Mary assustadamente...

Mary sustentou seu olhar até que seu corpo perdesse a força totalmente e caísse de joelhos, seus olhos já não continham mais vitalidade alguma.

Mary então manipulou sua aura e a envolveu em sua espada, fazendo-a flutuar de volta para ela.

Após guardar sua espada na bainha, arrumou levemente sua roupa e olhou para sua costas, diretamente para Kalfer, o vice-comandante desse batalhão do Império.

— Prontinho, meu serviço aqui acabou!

Mary não planejava perder seu tempo matando os soldados inimigos que já fugiam com medo.

Após perderem seus líderes, não só sua formação de batalha se tornaria um desastre, tal como seus espíritos de batalha se extinguiram.

Já os soldados do Império avançaram para matar a maior quantidade possível de soldados inimigos sob o comando de Kalfer.

O Arquiduque se virou e adentrou o acampamento do Império, ela planejava espera-los enquanto descansava na tenda principal.

Ela estava exausta, correu até aqui desde o início da manhã...


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— Não deveria ser o mais fraco a tomar a iniciativa em um duelo?

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