Chapter 2: Herdeiro da Ambição do Pai
Uma escuridão sem fim envolvia Konrad, obscurecendo sua visão e deixando-o perdido em um vazio palpável. No entanto, lá no fundo, uma voz sussurrava seu nome, chamando-o de volta à consciência. Ele lutava para emergir da escuridão, sentindo-se desorientado e confuso, até que, aos poucos, começou a discernir os sons ao seu redor.
Pov do pai:
O quarto ecoava com os gemidos de Elisabeth, sua esposa, enquanto ela dava à luz ao primeiro filho do casal. A parteira, com mãos habilidosas e rosto imperturbável, conduzia o procedimento com precisão cirúrgica. Fernando, o pai, observava com uma mistura de nervosismo e excitação, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto ele se mantinha ao lado da cama. Ele mal conseguia conter a ansiedade enquanto aguardava a chegada do herdeiro tão esperado.
Finalmente, o choro do bebê irrompeu, preenchendo o ar com uma aura de vida e promessa. A parteira sorriu discretamente e dirigiu-se a Fernando. "Parabéns, senhor", ela disse, com um toque de admiração em sua voz. "É um menino e parece ser bastante saudável." Um sorriso de alívio e alegria se espalhou pelo rosto tenso de Fernando enquanto ele se aproximava para ver seu filho pela primeira vez. Os olhos vermelhos profundos brilhantes do bebê refletiam a luz da esperança, trazendo um novo sentido de propósito para o pai orgulhoso.
Pov da mãe, Elisabeth:
Elisabeth sentia-se exausta, mas uma onda de felicidade e amor incontrolável a inundava enquanto segurava seu filho recém-nascido nos braços. Ele era a personificação de sua união com Fernando, uma promessa de amor eterno e um legado para o futuro. Apesar da fadiga do parto, ela mal conseguia desviar os olhos do rosto perfeito do bebê, maravilhando-se com cada pequeno detalhe.
Enquanto a parteira a tranquilizava e cuidava das necessidades do bebê, Elisabeth sentiu-se tomada por uma sensação de gratidão e realização. Apesar das dores e incertezas do parto, ela sabia que cada momento valia a pena ao olhar para o rosto adorável de seu filho.
Pov de Konrad:
À medida que os dias se transformavam em semanas, Konrad tentava desesperadamente compreender sua nova existência. Quinze dias haviam se passado desde que despertou neste corpo de bebê, e a estranheza ainda não havia diminuído. As pessoas ao seu redor eram estranhas, suas roupas antiquadas e sua língua incompreensível. Todos os dias ele era embalado nos braços de sua mãe, cujo rosto gentil contrastava com o mundo confuso e cruel ao seu redor.
Três meses depois:
Enquanto sua mãe o segurava nos braços, Konrad finalmente começou a entender o vínculo que compartilhava com ela. Ela era sua mãe biológica, e o homem que ele vira no dia de seu nascimento, Fernando, era seu pai. No entanto, ele logo percebeu que Fernando era uma figura imponente e distante, mais preocupado com o nome e a reputação da família do que com o bem-estar de seu filho recém-nascido.
Pov da mãe:
Elisabeth observou com ternura enquanto Fernando se aproximava do berço para ver seu filho. Seu coração se encheu de amor e preocupação pelo futuro de Konrad, sabendo que ele cresceria sob a influência dominadora de seu pai. No entanto, ela estava determinada a proteger seu filho e garantir que ele crescesse cercado de amor e bondade, independentemente das expectativas da sociedade ou das ambições de seu marido.
Pov do conde Hoster:
No silêncio de seu gabinete, o conde Hoster examinava as correspondências com uma expressão impassível. O atendente entrou e informou sobre os preparativos para o banquete. Hoster assentiu brevemente, mantendo sua atenção nas cartas em sua mesa. Quando uma carta de Fernando Vós Lourenços foi entregue, o conde a abriu com um olhar intrigado. Ele leu as palavras com indiferença, mal dando atenção ao conteúdo. "Fernando teve seu primeiro filho, Konrad Vós Lourenços", murmurou para si mesmo, mais interessado nas implicações políticas do que nas felicitações do recém-pai. Ele descartou a carta com desdém, seu foco já voltado para os desafios políticos que enfrentaria nos próximos dias.
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