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Chapter 2: "O DESPERTAR"

"O Despertar"

Elena, uma mulher solitária e reservada, habita Cidade Verde, um vilarejo modesto abraçado por florestas densas. Seus olhos castanhos, repletos de segredos insondáveis, contrastam com sua pele pálida, um reflexo de anos de introspecção. Prefere o silêncio à conversa, prefere a floresta a cidade, seu coração compassivo e sua afinidade especial com os animais falam por ela.

No alvorecer da Convergência, Elena desperta com uma sensação peculiar. O ar carrega um zumbido elétrico, e os pássaros executam danças caóticas no céu. Uma energia desconhecida pulsa em seu ser ela sempre sentido isso dentro dela mas agora era mais forte, um enigma que ela não consegue decifrar.

Durante seu café matinal, em solitude, a televisão anuncia um fenômeno alarmante. Animais selvagens, em um frenesi inexplicável, invadem as metrópoles. Leões perambulam por Nova York, lobos uivam em Londres, animais marinhos cercam as praias e derrubam os barcos. A humanidade balança à beira do abismo. As vozes oficiais clamam por evacuação.

Da janela, Elena observa esquilos em escaladas vertiginosas e pássaros em mergulhos suicidas contra os transeuntes. Ela reconhece a necessidade de encontrar refúgio e de estender a mão aos indefesos. Embora não se considere uma heroína, a ideia de não socorrer ao menos as crianças atormenta sua consciência.

Nesse dia, o mundo se transformou. E Elena, mesmo envolta em sua solidão, é peça-chave na luta pela sobrevivência humana.

Eu sempre soube que era diferente e estranho. Não apenas pela minha reclusão ou pelo modo como os animais pareciam me entender, mas havia algo mais, algo adormecido dentro de mim. Hoje, ao sair de casa, na periferia do vilarejo, eu senti isso mais do que nunca.

A rua estava um caos. Vizinhos corriam em pânico, perseguidos por uma alcateia de lobos cinzentos, seus olhos brilhando com uma fome selvagem. Eu congelei, meu coração batendo contra o peito como um tambor de guerra. Eu queria ajudar, mas o que eu poderia fazer? Eu era apenas uma mulher comum... ou era o que eu pensava.

De repente, um dos lobos se lançou na direção de uma criança. Sem pensar, estendi a mão e, para minha surpresa, o lobo foi arremessado para trás como se atingido por uma força invisível. Telecinese? Eu mal tive tempo de processar quando outro vizinho gritou por ajuda, um lobo mordendo seu braço e outro indo em direção ao pescoço.

"Solte-o!" gritei, mais em desespero do que em comando. E, como se respondesse à minha voz, o lobo recuou, soltando o braço do homem. Empatia? Eu podia sentir o medo e a dor dele, mas também a confusão e fome dos animais. Eles não queriam fazer aquilo; algo os estava forçando.

Então, veio a dor. Uma dor aguda e penetrante que me fez cair de joelhos. Era como se duas forças estivessem lutando dentro de mim, uma escura e uma clara, ambas poderosas, ambas parte de mim. Eu gritei, não de dor, mas de libertação, enquanto a energia fluía através de mim, despertando minhas habilidades adormecidas.

Quando me levantei, eu me sentia pessoa. Eu sentia o equilíbrio das forças dentro de mim, era como se o yin e o yang de minha própria essência como se uma peça que faltava a muito tempo se encaixar. Com um movimento da mão, os lobos foram gentilmente empurrados para longe, sem causar-lhes dano, confusa não sei como isso aconteceu e estranho ter esse controle perfeito sobre uma habilidade de humanos não tem. Com um olhar, eu acalmava o medo dos meus vizinhos liberando minha empatia de confiança e segurança.

"Está tudo bem agora," eu disse, minha voz firme e cheia de uma nova confiança como se fosse um herói pra acalmar as crianças. "Eu vou proteger vocês."

E assim, no meio do caos, eu encontrei meu propósito. Eu não era mais a Elena solitária e reservada. Eu era a guardiã de Cidade Verde, e eu lutaria para proteger minha casa e aqueles que não podiam se proteger.

Eu estava parada ali, no meio do caos, quando ouvi o ronco de motores. Veículos militares de uma empresa global surgiram, cortando a confusão como facas afiadas. Eles estacionaram em formação, criando um perímetro ao meu redor. Homens e mulheres armados desceram rapidamente, neutralizando os animais selvagens com uma eficiência que me deixou sem fôlego.

Um homem se aproximou de mim, distintivo brilhando ao sol. "Capitão Martins," ele se apresentou com um aceno de cabeça. "Precisamos levá-la para um local seguro, agora."

"Mas e as pessoas?" Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. "Não podemos simplesmente abandoná-las."

Ele olhou para mim, avaliando. "Estamos trabalhando nisso. Mas você... você é diferente. Vimos o que fez."

Eu queria protestar, mas algo em seu olhar me fez calar. "O que está acontecendo?" perguntei, minha curiosidade vencendo o medo 'Bem quando tem pessoas armadas ao seu redor você tem que se comportar não sei quão poderosa são minhas habilidades no momento então vou me comportar por enquanto'.

"Recebemos relatos de que uma energia desconhecida, vinda do espaço, atingiu a Terra. Está alterando os genes dos seres vivos, causando... isso." Ele gesticulou para o caos ao redor.

"Isso é possível?" Eu mal conseguia acreditar 'talvez seja essa energia que sente hoje cedo'.

"Estamos apenas começando a entender," ele admitiu. "Mas sim, é possível."

Eu tinha mil perguntas, mas antes que pudesse fazer mais alguma, o capitão recebeu uma chamada. Ele ouviu por um momento e então, para minha surpresa, me passou o telefone. "É para você," ele disse.

Levei o aparelho ao ouvido, ainda em choque. "Alô?"

"Elena," a voz do outro lado era familiar, calorosa, e imediatamente reconfortante. "Filha, você está bem?"

"Pai?" Minha voz falhou. "Como você..."

"Não há tempo," ele interrompeu. "Eu sei que você tem muitas perguntas. Eu sou parte da equipe que está tentando entender essa energia. Elena, você precisa confiar no Capitão Eu Martins."

"Você tem um papel a desempenhar," ele disse, sua voz cheia de uma seriedade que eu raramente ouvia. "Você sempre foi especial, minha filha suas habilidades são com base nessa nova energia que veio do espaço. Agora não posso falar por muito tempo estou tentando estabilizar as coisas por aqui..."

Desliguei o telefone, devolvendo-o ao capitão. Meu coração estava pesado. Eu olhei para o homem à minha frente. "Eu vou com você," eu disse. "Mas em uma condição. Ajudamos as pessoas aqui primeiro."

Ele assentiu, um brilho de respeito em seus olhos. "Feito."

Enquanto seguia o capitão até o veículo, meu monólogo interno não parava. Eu estava assustada, claro, mas também havia uma centelha de excitação. O que meu pai quis dizer? Eu não sabia, mas algo me dizia que eu estava prestes a descobrir.

Assim que as coisas se acalmaram, eu entrei no veículo, deslizando para o assento ao lado do Capitão Martins. O interior era austero, funcional, mas havia uma tensão palpável no ar. "Como estão as coisas pelo mundo?" perguntei, tentando ignorar o nó de apreensão em meu estômago.

Ele suspirou, mantendo os olhos na estrada. "Não está bom. A comunicação está intermitente. A internet cai e volta... Achamos que os peixes estão danificando os cabos submarinos. É um caos."

Eu engoli em seco. "Peixes cortando cabos?" A realidade da situação começava a se assentar, pesada como chumbo.

"Sim," ele confirmou. "E não é só isso. Há relatos de comportamentos estranhos em quase todas as espécies."

A conversa prosseguiu, cada palavra dele pintando um quadro mais sombrio do estado do mundo. Eu me sentia como se estivesse em um filme de ficção científica, exceto que era terrivelmente real.

Enquanto nos aproximávamos da mansão, meu coração batia mais rápido. Eu sabia que provavelmente encontraria alguém importante, alguém que poderia ter respostas. Mas eu estava pronta para isso? Eu, uma simples mulher de Cidade Verde com habilidades peculiares, agora envolvida em eventos que poderiam mudar o curso da história humana?

"Você está bem?" O Capitão Martins me olhou brevemente antes de voltar sua atenção para a estrada.

"Estou... só estou pensando sobre tudo isso. Sobre o que vamos fazer," eu disse, minha voz mais firme do que eu me sentia 'a habilidade de empatia deve estar me afetando de alguma maneira eu não sou assim'.

Ele assentiu. "Vamos descobrir juntos. Você não está sozinha nisso."

Aquelas palavras, de alguma forma, trouxeram conforto. Eu não estava sozinha. E talvez, apenas talvez, eu pudesse fazer a diferença, ' talvez seja confiança dele que está passando pra mim pela minha empatia' .

À medida que o carro se aproximava do destino, eu não pude deixar de notar a fortaleza que se erguia à nossa frente. Muros altos, coroados com arame farpado, e a cada intervalo, uma torre com armas automatizadas que disparavam contra qualquer ameaça animal que se atrevesse a se aproximar. Era como se eu tivesse sido transportada para um futuro distópico, e eu mal conseguia esconder minha perplexidade.

A mansão era uma fortaleza moderna, cercada por muros altos e defesas automatizadas que disparavam contra qualquer ameaça animal. Eu observava, impressionada mas cética, enquanto os veículos militares nos guiavam para dentro. "Impressionante," eu disse, mais para mim mesma do que para o Capitão Martins ao meu lado.

"É necessário," ele respondeu, percebendo meu tom. "Essa tecnologia... ela é mantida em segredo por uma razão."

"Que razão seria essa?" perguntei, minha desconfiança se aprofundando. "Por que esconder algo que poderia proteger as pessoas?"

Ele hesitou, e eu senti a tensão em sua mente. "Não é minha decisão," ele finalmente disse. "Há muitos interesses em jogo."

Perguntei de novo "Mas por que esconder algo assim? Poderia ter ajudado a evitar tudo isso," eu disse, gestos largos abrangendo o mundo lá fora.

"Não é tão simples," ele respondeu, sua voz baixa. "Há implicações políticas, econômicas... e nem todo mundo tem as melhores intenções."

Eu assenti, mas minha mente estava trabalhando. Havia algo que ele não estava me dizendo, e eu estava determinada a descobrir o que era.

Quando chegamos, fomos recebidos por uma mulher que exalava autoridade. "Dra. Campos," o capitão me apresentou. "Ela está no comando aqui."

A Dra. Campos me cumprimentou com um aceno de cabeça e nos conduziu a uma sala de reuniões. "Sei que tem perguntas," ela começou, e eu podia sentir a sinceridade em sua voz.

"Como isso tudo começou?" Eu perguntei, minha habilidade de empatia me alertando para qualquer sinal de falsidade.

Ela explicou sobre a energia cósmica que havia atingido a Terra, mas eu podia sentir que havia mais na história. "E o que vocês estão fazendo para ajudar as pessoas afetadas?" Eu pressionei.

Ela compartilhou planos e estratégias, mas eu ainda estava cautelosa. Meu telefone vibrou com uma mensagem do meu pai, mas eu o ignorei por enquanto. Eu precisava entender a situação por mim mesma, sem influências externas.

"Vamos precisar de sua ajuda," a Dra. Campos disse, e eu senti que ela estava me testando.

"Eu ajudarei," eu disse, "mas em meus próprios termos. Não estou aqui para ser uma peça no tabuleiro de ninguém."

Ela sorriu, um sorriso que reconhecia minha força. "É exatamente por isso que precisamos de você, Elena."

Eu saí da reunião com mais perguntas do que respostas, mas uma coisa estava clara: eu não seria manipulada. Eu usaria minhas habilidades para descobrir a verdade e ajudar da maneira que eu achasse certo.

O som de alarmes preenchia o ar, uma cacofonia que anunciava o caos iminente. A base estava sob ataque, e as muralhas que antes pareciam intransponíveis agora tremiam sob o assédio persistente dos animais enfurecidos, estou aqui em menos de uma hora e já estamos sendo atacados. O Capitão Martins me guiava apressadamente pelos corredores, sua expressão rígida refletindo a gravidade da situação.

"Vamos te levar para um bunker," ele disse, sua voz quase abafada pelo barulho ao redor.

Eu resisti, minha mente girando com possibilidades. "Eu posso ser útil aqui," insisti, minha voz firme apesar do medo que eu sentia. "Não sou uma combatente, mas minhas habilidades..."

"Não é uma questão de habilidade," ele interrompeu, sua mão segurando meu braço com mais força do que o necessário. "É uma questão de segurança."

"Segurança?" eu rebati, puxando meu braço para me libertar. "E quanto à segurança daqueles lá fora? Eu posso sentir o medo deles, o pânico. Eu posso acalmar os animais, reduzir o número de baixas."

Ele me olhou, um conflito evidente em seu olhar. "Você não é treinada para isso, Elena."

"Então me deixe ajudar de outra forma," eu argumentei, minha mente já considerando alternativas. "Posso usar minha telecinese para mover suprimentos, criar barreiras, qualquer coisa."

Por um momento, ele pareceu considerar, seu olhar avaliando não apenas a mulher diante dele, mas a potencial aliada na batalha que se desenrolava. "Está bem," ele cedeu finalmente. "Mas você vai precisar de proteção."

Ele me levou até um vestiário, onde me entregou uma armadura leve, projetada para mobilidade. Enquanto eu vestia a armadura e depois colocava uma pistola na cintura, senti uma clareza de propósito. Não era a determinação cega de um soldado, mas a resolução de alguém que via o quadro maior, que entendia a tessitura delicada da vida e da consciência que agora estava em jogo.

"Pronta?" ele perguntou, sua voz agora contendo um traço de respeito.

"Sim," eu respondi, ajustando o último fecho da armadura. "Vamos fazer a diferença."

E com isso, saímos do vestiário. Eu não era uma guerreira no sentido tradicional, mas estava armada com algo igualmente poderoso: uma compreensão profunda da vida ao meu redor e a vontade de protegê-la.


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