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Chapter 2: #2 - Memórias do passado.

A cor daquele céu escuro e limpo, cheio de estrelas que combinavam com o olhar pesado dele, que escondia dores. A maneira como ele me olhava era algo que lembrava muito tristeza.

Ao ouvir meu pedido, ele guardou sua espada em sua bainha e me olhou nos olhos.

"Meu salvador": Você parece fraca. Volte para casa, estará segura lá. Vou levar o corpo para um hospital local ou... Um Cemitério... Você conhece algum coveiro?

Ele falou aquelas palavras enquanto botava o corpo do Keene em seu ombro. Olhei para o lado, e percebi que aquela criatura que ele atacou tinha literalmente virado poeira ao vento.

Emilia: Espere!... Eu quero ser como você, quero proteger todos! Quero ser uma caçadora.

Minhas pernas ainda estavam tremendo diante daquele homem, era medo ou meu corpo estava enfraquecendo novamente? Não sentia tal sensação tinha anos.

Ele parou e me olhou com um olhar de relance.

"Meu salvador": Você deve estar delirando. Isso não é trabalho pra qualquer um, muitos morreram sem passar no teste de sobrevivência.

Boto a mão sobre o meu peito e o aperto. Mordi o lábio e pisei no chão que estava molhado por conta de uma chuva passageira.

Emilia: Mas eu vou conseguir! Eu vou passar nesse teste, mesmo que eu tenha que quebrar todos os meus ossos para alcançar esse objetivo. Eu vou...

Ele se virou e finalmente olhou diretamente para mim, sem hesitar em me olhar.

"Meu salvador": Por quê? As mulheres não são obrigadas a ir para o campo de batalha, você tem a opção de poder ficar em casa e ter uma vida tranquila e deixar tudo isso com nós, caçadores.

Emilia: Essas criaturas... Pegaram tudo o que era nosso, trouxeram a extinção dos humanos em países inteiros, mataram bilhões, começaram a invadir os maiores continentes com fortes poderes mágicos e agora o japão corre risco de cair a qualquer momento por conta daqueles monstros. Eu quero poder ajudar, se eu não fizer nada, mais pessoas morrerão.

Ele deixou o corpo do Keene encostado na parede e voltou a me encarar, quando terminei de falar ela tirou a máscara de seu rosto, que era uma uma máscara lisa de gesso, e então me olhou fundo nos olhos.

Não deu de ver o seu rosto, pois a iluminação do local estava péssima, mas tenho certeza de que ele conseguia me ver muito bem, pois a luz da lua batia em meu rosto.

"Meu salvador": O que faz você pensar que seu sentimento é diferente do resto? Não seria a primeira vez que ouvi essas mesmas palavras e adivinhe, a maioria das pessoas que contam essas historias, no final todas acabavam mortas de maneiras horríveis. Nunca sobrevivem para contar história sobre suas aventuras.

Emilia: Eu... eu quero fazer parte da minoria sobrevivente e lutar na linha de frente. Quero descobrir por que eles invadiram o nosso mundo.

"Meu salvador": se nem os mais antigos caçadores conseguiram esse feito, você realmente acha que pode alcançá-lo?

Emilia: Vou faze-los falar, vou caçar a resposta, irei cruzar continentes em busca de respostas, eu juro. Eu farei isso!... Mesmo que eu tenha que cavar um buraco na cabeça de cada um de suas famílias.

Eu me referia as famílias e clãs de monstros.

"Meu salvador": Toda essa motivação... Há outra razão para isso, não é?

Quando ele disse isso, uma nostalgia me ocorreu.

Acabei me lembrando do meu avô, ele dizia que "os mais fortes eram os que continuavam lutando, mesmo que você já esteja exausto, caindo aos pedaços ou quase morto, simplesmente bote-se de pé e continue lutando! Esse é o verdadeiro significado de um guerreiro." Essa foi a última coisa que ele me disse antes de sua morte.

Uma noite, no ano de 2050, a cidade fortaleza de Hokkaido foi atacada por um exército de Lobisomens de nível avançado à mando do próprio rei demônio. Eles atacaram pois uma informação foi vazada sobre a proteção, esse vazamento dizia que a barreira estaria enfraquecida às 21:00 horas, pois ocorreria um banquete no palácio real e a proteção lá deveria ser reforçada pois políticos corruptos estavam naquela festa, e por isso todo o reforço no palácio, para evitar que intrusos tentassem algo contra eles. E essa informação foi vazada entre as criaturas que, acabou chegando no próprio rei demônio, o qual organizou o ataque. Eles se aproveitaram disso e atacaram.

Os poucos soldados que estavam acima dos muros não deram conta de toda toda a pressão e isso trouxe a morte de vários soldados que estavam fazendo seu dever. Como resultado das ações precipitadas desses políticos idiotas: a Cidade Fortaleza de Hokkaido foi invadida.

Porém, pro azar daquelas criaturas malditas, havia uma patrulha inteira de Caçadores Da Lua fazendo ronda pela cidade, então eles partiram pro contra ataque.

Eles botaram os Lobisomens pra correr e de 30, apenas 13 caçadores saíram vivos. Mesmo assim, eles continuaram a correr atrás dos Lobisomens.

No meio da perseguição, um caçador notou que dois Lobisomens tomaram rumo diferente do resto do seu grupo, que estava fugindo pra fora da cidade fortaleza.

Esse caçador começou a persegui-los, mesmo sem saber onde eles tavam indo.

Enquanto essa perseguição frenética ocorria, meus avós e eu estávamos na frente da casa deles a observar as estrelas. Foi quando meu vovô viu as criaturas - que lembravam lobos - surgindo da esquina da rua a vir em nossa direção.

"Vovô": lobisomens de nível avançado!!...

As espécies nesse mundo são classificados por nível de poder ou por posição.

Intermediário, Avançado, Rei, Imperador e Deus.

Meu vovô agiu rapidamente. Botou eu e minha avó pra dentro de casa e fechou tudo. Ele nos guiou para o quarto dele com um olhar de desespero estampado em sua face.

"BASH! BASH! BASH! BASH! BASH!"

Batidas fortes puderam ser ouvidas vindo da porta, lá da rua.

Meu vovô trancou ele e a gente dentro do quarto principal da casa e disse: "estamos seguros…". Foi nesse momento que pôde ser ouvindo um estrondo vindo do primeiro andar da casa.

"KAPLAN!!!"

Como se algo grande tivesse caído, dando a entender que aquelas criaturas tinham arrombado a porta na base da força. Barulhos de coisas sendo quebradas puderam ser ouvidas uma sequência de vezes.

Meu vovô ficou trêmulo enquanto nos envolvia em seus braços. Ele se aproximou da porta, se encostou nela e sento no chão de costa pra porta enquanto arranhava o próprio rosto. Fez isso na esperança de que se ele esperasse calado, as criaturas iriam embora.

Ele nunca esteve tão enganado...

Algo começou a subir rapidamente as escadas e, uma forte batida foi sentida vindo do outro lado da porta a qual meu vovô estava apoiado.

Ele rapidamente se levantou e me escondeu atrás dele. Enquanto isso, a minha avó ia aos prantos com as mãos sobre o rosto.

"Craaack! Bash, bash! Creeck!

A porta estava prestes a se quebrar, minha avó enxugou as lágrimas e correu contra a porta e a empurrou usando as forças nos braços, ombros e pernas. Então uma fraca e meio apagada aura verde cobriu a minha avó, então ela citou:

「Ó Santa Mãe Lua, abundante em piedade. Por favor, me presenteie com um pouco de teu poder… Cure!」

Surpreendente a porta começou a se concertar, fechando as brechas que estavam se abrindo, devido aquela espécie de oração que minha avó fez.

Reza as lendas que, minha avó foi uma grande usuária de magia de cura, sendo uma das únicas pessoas vivas capazes de utilizar magia de cura em objetos não vivos.

Aquela foi a primeira vez que tive contato visual com Magia sendo utilizada.

Porém, minha avó não estava em seu auge, muito menos tinha mana mágica pra isso, então aquela oração de cura não duraria para sempre.

"BASH! BASH!"

A porta não iria aguentar por muito tempo, a reserva mágica de minha avó estava chegando no seu fim. Sabendo disso, meu avô ficou ainda mais aflito, porém, ainda assim ele se ajoelhou perante a mim, pressionou as mãos sobre os meus ombros e disse:

"Lembra do que eu te falei daquela vez sobre os verdadeiros guerreiros?!…"

Eu concordei com a cabeça e ele continuou.

"Grandes guerreiros se sacrificam por aqueles que amam. Então, por favor, cuide dos seus irmãos e da sua Mãe por mim."

Ele abriu a porta do armário, me empurrou lá pra dentro e fechou. Naquele instante que fui jogada, pude ver o olhar pesado de minha vovó com um sorriso no rosto. Um sorriso que escondia dores, mas ao mesmo tempo parecia tão real, como se quisesse me confortar… De alguma forma.

"Vovó ta orgulhosa…"

Murmurou a minha avó.

Aquelas palavras...

Meu avô tirou uma das tábuas do chão de madeira, revelando um fundo falso. De lá ele tirou uma pequena adaga. Nesse instante, seu corpo foi rodeado por uma aura vermelha e um pequena onda de choque saiu dele.

"os mais fortes eram os que continuavam lutando, mesmo que você já esteja exausto, caindo aos pedaços ou quase morto, simplesmente bote-se de pé e continue lutando! Esse é o verdadeiro significado de um guerreiro."

Ele disse isso em voz alta, enquanto sua mão estava trêmula.

"KAPLAN!!"

A porta é arrombada, e os dois lobisomens pulam pra cima deles. Minha avó não teve nem tempo de reação e um dos lobos pressionou fortemente os dentes sobre a barriga dela. A criatura mordia com tanta fúria que, as presas dentárias de cima e de baixo atravessaram o suas costelas.

Meu avô ao ver isso, num pequeno espaço de tempo, ele acertou um soco em cheio no lobisomem, o jogando contra a parede o fazendo apagar. Ele pula pra cima do outro lobo que estava estraçalhando a minha avó e enfiou sua adaga no estômago do lobo.

"Rawww!!"

A criatura geme de dor e então solta a minha avó, mesmo assim, meu avô continuou pressionando a adaga contra o estômago da criatura fortemente.

Ele claramente queria ver o lobo sofrer pelo que tinha acabado de fazer.

Porém, aquele momento de glória durou pouco, pois o outro lobo, o qual ele acreditava ter desmaiado, se levantou e o atacou.

A criatura o agarrou com os dentes pela perna dele, o fazendo bater de costa contra o chão. A criatura aprofundou ainda mais as presas em sua perna, fazendo os dentes atravessarem a perna dele. Ele elevou a adaga pra cima e crava a adaga no pescoço lobo, ele tira a adaga e tenta efetuar o mesmo ataque duas vezes, mas o outro lobo que ele acreditava já estar agonizando até morrer, avançou no braço dele que estava segurando a adaga e começou a mastigar seu braço.

"Splat!"

O sangue do meu avô espirrou contra o armário, gotas atravessaram o armário pelas suas brechas e caíram em meu rosto. Não podia e nem conseguia falar nada enquanto assistia meus avós sendo estraçalhados e desmembrados.

Depois de alguns minutos aquele tal caçador, que estava à procura desses dois lobisomens, chegou aqui no quarto do meus avós e usou uma espécie de técnica elementar de água para matar as duas criaturas com dois violentos balançar de espada ao avançar nos mesmos.

As criaturas desabam no chão e começam a agonizar até a morte. O caçador se aproxima e crava a sua espada nos pescoços das duas bestas, o que fez sangue espirrar no teto do quarto. Ele saiu correndo da casa a procura dos outros caçadores para reportar seu feito para algum superior ou maiores autoridades.

Horas depois uma vistoria foi feita na casa dos meus avós, eles checaram a casa inteira, do primeiro ao segundo andar, nessa vistoria eles me encontraram dentro do armário.

Eu estava traumatizada e com sangue dos meus avós a escorrer sobre o meu rosto. Meus olhos estavam arregalados, as mãos e os pés estavam trêmulos e eu nem conseguia falar de tão apavorada e assustada que eu estava. Presenciar meus avós serem estraçalhados até a morte acabou com meu psicológico, matando o meu eu por dentro, meu mundo desabou e minha mente entrou em colapso.

Eu era muito jovem na época e não entendia o que tinha acabado de acontecer, não sabia que, a partir daquele momento, nunca mais veria meus avós.

Como eu era muito jovem, essas memórias foram desaparecendo com o passar dos anos. Sem contar que aquele evento abalou minha mente e algo na minha cabeça dizia para eu esquecer, e esse meu subconsciente fez isso por mim, eu esqueci de tudo. Mas, restos e motivações sem fundo permaneceram. Mesmo sem saber de onde vinha essa motivação, eu queria matar a todos. Fazê-los pagar pelo que fizeram com meus queridos avós.

Naquela época eu não sabia, mas hoje eu sei. Quero mata-los... Vou matar todos do exército demoníaco, até não sobrar nenhum.

Quero que as crianças do amanhã vejam seu mundo e sintam orgulho. Que fiquem felizes e orgulhosas de estarem vivendo num pacífico mundo, para que sangue nunca mais seja derramado.

Não quero que ninguém mais morra, não quero que nenhuma criança passe pelo que eu tive que passar. Enquanto eu viver, continuarei lutando, mesmo que pra isso eu tenha que morrer lutando para alcançar o meu objetivo.

Emilia: Sim! Há uma razão para tudo isso... Mas isso não vem ao caso, pelo menos não por enquanto, no momento eu só quero me tornar uma caçadora, servir á lua e contribuir para a força militar dos caçadores. E, também matar todos aqueles demônios que tomaram o nosso lar.

Em resposta à sua pergunta. Cheia de coragem, digo a ele para finalmente entender meus motivos.

"Servir á lua..."

O mundo desde "A Invasão" foi dividido em duas nações: Sol e Lua. A grande Lua somos nós que, mesmo cercados pelas trevas, ainda brilharemos como um sinal de esperança. O grande Sol são as próprias criaturas que o farão queimar se caso você se aproximar - E essas são nossas crenças - Outras religiões já existiram, mas causaram guerras no passado, por isso foram banidas e, se alguém continuasse a prega-las, elas seriam presas ou punidas severamente.

Aquele que denominei como "Meu salvador" por instante pareceu desconfiado, porém, ele finalmente cedeu.

"Meu salvador": Hmmm…

Emília: Por favor, senhor… Eu quero… Não, eu vou. Sim, eu vou me tornar uma caçadora profissional, mesmo que todos os meus ossos se quebrem, mesmo depois de ter alcançado meus limites, eu continuarei lutando até me tornar uma caçadora. Custe o que custar!

E com um olhar de relance, ele sorri.

"Meu salvador": Muito bem, vejo você amanhã, na floresta ao leste da cidade, ás 6 horas da manhã. Apresentarei você para algumas pessoas importantes que, podem torna-la uma verdadeira caçadora. Até mais.

Então ele se despediu e saiu daquele beco carregando o corpo do falecido Keene sem dizer mais uma palavra. Eu sento no chão da calçada, me deito e encaro o céu estrelado.

Emilia: Eu consegui... Ahhh! Minha Mãe vai me matar se descobrir o que acabou de acontecer...

Olho para trás e vejo o sangue do Keene escorrer sobre a calçada, passar pelo meio fio e escorrer até os esgotos.

Emília: Ahn… Keene…

O tempo passou, então fui pra casa. Assim que chego, minha Mãe estava a minha espera. Ela se levantou da cadeira e perguntou se o Keene estava bem. Eu não tive coragem de falar o que realmente tinha acontecido, então fui direto para o meu quarto.

Entrei quarto, me deitei na cama e encarei o teto. Não dormi a noite toda por conta da alta ansiedade.

Horas se passaram, e quando menos me dei conta, o despertador estava marcando as 5 horas da manhã. Peguei uma muda de roupas qualquer, escrevi uma carta no papel e deixei na cabeceira da minha cama.

Nessa carta dizia:

"Eu e o Keene terminamos, não consegui dormir a noite toda então fui pra casa de uma amiga. Volto de noite ou amanhã. Com amor, Emília."

Não era uma despedida, eu ia voltar.

Levei a muda de roupas numa mochila e, então parti.

Até chegar na floresta levaria cerca de 30 minutos a pé. Então vamos lá, vou andar como uma tartaruga, mas vou chegar.

Enfim cheguei na tal floresta ao lado leste da cidade fortaleza, porém, demorei mais do que 30 minutos para chegar. Pois estava andando muito devagar. Porém, o importante é que cheguei.

Assim que cheguei, me deparei com grades que cercavam a floresta, deveriam servir para manter arruaceiros longe. Ou era para ser esse o plano…

A grade tinha um buraco na altura do chão. Me agachei e passei por ele. E, enfim estava dentro. Comecei a andar reto pela floresta, me apoiando em algumas árvores pelo caminho.

Foi quando comecei a ouvir uma voz não tão distante de onde eu estava.

"Parece que ela enfim chegou…"

Essa voz…

"Meu salvador": Olha só, você chegou. Um minuto mais tarde e nós iríamos partir.

De ambos os ponches passavam os joelhos

Ele estava acompanhado por duas figuras com máscaras a esconder o rosto e trajavam ponches escuros com mangas. Aparentemente eram Caçadores, pois apenas a presença deles é assustadora. Sem contar as máscaras e os uniformes.

De ambos, os ponches passavam os seus joelhos. E, apesar de aparentemente serem ponches de um caçador profissional, eles não eram relativamente iguais.

Um desses caçadores usava um ponche azul escuro com um tecido leve. Com o desenho de um dragão negro nas costas, em cima desse dragão havia uma marca escrita "caçador", porém na escrita original do japão, o Kanji. Combinando com o capuz que cobria todo seu rosto e a máscara de gesso totalmente branca e lisa.

O outro que, pela sua silhueta, claramente era uma garota. Ela era pequena, usava um ponche preto que, no fim tinha um tom de roxo escuro e o punho da manga do ponche também tinha esse detalhe de cores. O ponche que ela trajava era longo, que ia até seus joelhos. Quando o vento batia, deu de se ver que ela estava vestindo um sobretudo por debaixo e, diferente dos outros dois, ela estava usando uma máscara de gesso com o formato do rosto de um coelho. Isso para mim a tornava ainda mais misteriosa.

Os dois estavam se apoiando numa árvore gigantesca enquanto me encaravam.

(...): Estávamos esperando por você.

(...): Está 10 minutos atrasada, sabe quanto vale o meu tempo, garota?

Três figuras figuras que me deixam com medo só por estar na frente deles. Então eles são o verdadeiro significado de "guerreiros", vovô?

Continua...


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