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Chapter 26: Primeira Viagem ao Submundo (2/4).

Eu respiro fundo o ar do local aonde eu estou com força, o fazendo encher meus pulmões, e quando faço isso, sinto todo meu corpo formigando de alegria com a energia que estou absorvendo dele. Ser um semideus, sempre me permiti me sentir como nem um humano antes se sentiu, a sensação de força e os sentidos são incríveis comparados a um humano comum experimenta, está nesse lugar aumenta essa sensação duas ou três vezes.

Só faz poucos segundos que cruzei a porta, mas eu já amo esse lugar com todas as minhas forças.

Após realizar o mesmo processo várias vezes, finalmente me acostumo com o local o bastante para abrir meus olhos com a cabeça virada para cima e ver o céu do submundo, um quadro negro de nuvens de cor preta que mesmo se movendo, nunca revelam o que está acima delas, mas mesmo esse local não tendo a luz do sol, ainda a uma iluminação me permitindo ver perfeitamente sem usar a visão noturna natural que eu tenho.

Então o olho para baixo, para à terra que se assemelha a pó de carvão, tão fina quanto a areia. Abaixo-me e pego um pouco dela na minha mão, sinto imediatamente uma pequena quantidade de mana nos grãos de terra, o local é tão rico em energia, que até mesmo o solo está banhando dele. Do local aonde eu retirei um pouco de terra, vejo algo coberto, e facilmente o removo com minha mão e depois o limpo, revelando uma pequena pedra vermelha de alguns milímetros, um rubi talvez.

"Parece que eu não vou precisar me preocupar mais com dinheiro." Digo em voz alta feliz enquanto guardo o provável rubi na minha mochila.

"Então, para aonde ir agora?" Falo mais uma vez em voz alta.

Eu não apareci em nem um lugar digno de nota, e com certeza não estou próximo do palácio do meu pai, já que tudo que posso ver no horizonte é terra vazia e algumas colinas, mas isso não é o bastante para me desanimar, já que eu estava esperando ver uma cena incrível logo que sai-se do portal. E por algum motivo, eu não estou conseguindo voar, já tentei e nada aconteceu.

Parece que eu vou ter que andar bastante, por todo o submundo para chegar até o castelo. E isso não é algo ruim, já que me aventurar e ver todos os aspectos desse lugar é o plano que me fez vir até aqui, e não uma reunião com um pai que eu nunca conheci direito.

A porta que minha espada agora tem a habilidade para convocar tem um certo tempo de cooldown, que eu ainda preciso descobrir qual é. Uma das vantagens dela, é que quando eu abrir de novo no submundo, não importando aonde eu vou estar, vou reaparecer no mesmo local na Terra, e quando eu voltar mais uma vez para o submundo, vou aparecer aonde abri a porta no submundo.

Dessa forma, eu não vou precisar sempre fazer um longo caminho, e então poder ir para todos os lugares desse lugar.

Sem mais enrolação, escolho uma direção aleatória, já que eu não tenho ideia como me guiar nesse lugar, e começo a andar.

"Isso já está ficando ridículo!" Digo com raiva, mas também com felicidade pegando minha quarta joia do chão.

Eu sabia que um dos aspectos do Hades é a riqueza, todo que é valioso que os humanos consideram ser joias vem do chão, por isso o submundo é considerado mais rico que o olimpo, mas encontrar literalmente joias pelo chão com tanta facilidade está me deixando com raiva por conta de todo o trabalho que eu tive que passar para pôr as mãos numa quantidade insignificante de dinheiro na Terra.

Eu já caminhei por quase seis horas, e não encontrei ninguém, eu não estava cansado, mas precisava dar um tempo, então me sentei numa pequena rocha e quando movi meus pés pelo chão, a joia foi encontrada, uma esmeralda, quase do mesmo tamanho que a do rubi.

"Vamos continuar." Digo para mim mesmo me levantando e voltando a andar.

Após mais duas horas sem ver nem uma visão nova, fiquei cansado de manter esse ritmo, então comecei a correr o mais rápido que posso usando de vez em quanto meu movimento das sombras para aparecer no local aonde minha visão pode chegar. Então, finalmente, a alguma mudança no ambiente quando vejo varias colinas na minha frente, cada uma com cerca de dez metros de altura uma do lado da outra impedindo minha visão do que está do outro lado.

Começo a subir uma delas, e finalmente encontro alguma vida vegetal, uma espece de grama cinza cobrindo toda a colina com algumas árvores sem folhas da mesma cor. Eu peguei um pouco da grama e um dos ganhos da árvore secos próximo a min e os coloquei na minha mochila, todo aqui no submundo e raro, então vou levar um pouco de tudo que encontrar para testar seu valor quando voltar para casa.

Quando estou chegando no topo da colina, diminuo meu ritmo andando lentamente, e no alto dela, a visão do outro lado tira meu folego.

Almas, ou fantasmas, chame do que quiser. Milhares e milhares delas estão caminhando todos na mesma direção formando filas que levam até uma fila principal. Nunca vi tantos espíritos na minha vida, e cada um deles era diferente, usando roupas de épocas diferentes, até mesmo de espécies diferentes, mas todos estavam andando de forma ordenada, bem lentos, na verdade. Eram como animais de pasto, sendo levados por uma mão invisível para a margem da gigantesca extensão de terra abaixo de mim, margem que está tocando o mar negro, não um mar, e sim o rio.

"Eu estou errado, eu ainda não estou no submundo." Digo olhando pasmo para baixo.

Tecnicamente, eu estou no submundo, mas ainda não, pelas lendas, o local onde estou se chama Taenarum, a entrada do submundo, um local aonde as almas são atormentadas por visões e outras coisas desagradáveis.

Eu realmente não sabia aonde o portal iria me trazer, o feitiço não foi muito claro sobre isso.

De qualquer forma, começo andar monte abaixo, pronto para atravessar o rio. Quando meus pés tocaram o chão de terra negra, senti uma súbita diferença no ambiente comparado com o local aonde eu estava antes. Com milhares de almas ao meu redor, senti frio, não um frio comum do inverno, era como se não houve luz nessas almas, mas também não havia escuridão, eles estavam no meio-termo.

Ando calmamente entre as almas, mas não olho diretamente para elas, tenho medo de ser sobrecarregado com as memórias delas se eu sem querer usar meu poder. Então de cabeça baixa, continuo andando após entrar numa das várias e varias finas que levam até a costa daquela terra.

A fila era lenta, muito lenta, em meia hora, eu só andei alguns metros. Normalmente eu sou muito paciente, mas a sensação que esse lugar me da está ficando cada vez mais forte, e isso não é uma boa notícia. Se a sensação tomar conta do meu corpo, provavelmente vou me torna como um desses espíritos.

Então mesmo sabendo que algo pode dar errado, saio da minha fila e ando driblando as almas dos mortos ao meu redor, uma tarefa nada fácil, por conta do incrível número delas. Então o inevitável acontece, sem querer, eu encosto em uma delas, então eu sou imundado por memórias de uma mulher que viveu numa antiga cidade chamada, Crotones, na antiga Grécia. A mulher não teve uma boa vida, e eu fiz força para ignorar as memórias e continuar em frente.

Pensei ter melhor controle sobre esse meu poder, ver as memórias dos fantasmas, mas não é algo que eu use muito, então pensei que ter o controle de quando o ativar e filtrar o que só quero ver e o bastante, eu estava errado. A surpresa é que eu nunca achei que isso seria ativado por contato, mas também nunca tentei tocar num deles. Agora não há nada o que se fazer sobre isso, a não ser continuar andando.

Duas horas depois, e após bater sem querer em mais de vinte almas, eu estava completamente exausto. As memórias não são só memorias, quando as vejo, também sinto oque eles sentiram, não é algo agradável. Eu estou cansado, e essa fraqueza mental é muito pior que a física, eu estava tão cansado, que poderia cair no chão e simplesmente desligar. Infelizmente, eu só posso continuar andando. Como as almas estão sempre em movimento, eu não posso usar o movimento das sombras, posso acabar no meio deu um grupo deles, mas eu consegui ver mais a frente um pequeno monte de terra, com uma árvore de tronco branco com folhas verdes em cima. Sem pensar duas vezes, eu apareço bem abaixo dela. Não havia ninguém próximo dela, todos continuavam seu caminho evitando subir no monte de terra.

Com as costas grudadas no tronco, me sento no chão e respiro fundo me recuperando. Já tinha imaginado que seria uma coisa difícil, mas nunca pensei que seria bombardeado com tanta tortura mental, e eu ainda estava na metade do caminho.

Enquanto descansava, prestei atenção ao meu redor, um pouco acima do mar de almas, eu posso ver claramente que essa arvore não era a única, havia muitas outras espalhadas por todo o lugar, e todas as árvores estavam sendo evitadas. Levanto-me já mais descansado, e com um movimento da minha espada, corto um dos galhos da árvore e o pego antes dele cair no chão. Pode parecer ridículo, mas quero saber se os fantasmas estão evitando a árvore ou os montes de terra que elas estão sobre para assim não dificultar seu caminho.

Respiro mais algumas vezes, e volto para o oceano, e para minha surpresa, os espíritos se afastam de mim e evitam se aproximar.

"Não sei que tipo de árvore magica é você, mas com certeza vou te plantar quando chegar em casa." Falo para meu galho magico o erguendo acima de minha cabeça.

O resto do percurso foi fácil, com o galho, finalmente cheguei ao fim da fila principal, aonde todas as outras se encontram.

Pensei que quando chega-se até o fim, veria os espíritos tendo algum tipo de reação, mas todos eles ficaram parados na frente de um cais de madeira branca que só tinha uma embarcação na ponta dele. Não me importando mais com eles, pisei na madeira do cais e comecei a andar por ele olhando para o rio estige do meu lado.

O cais só tem cerca de dez metros, e no final dele, a um trireme, uma antiga embarcação grega larga com mais de vinte metros de comprimento. Ele não era muito rico em detalhes, apenas um grande barco de madeira negra sem remos, no topo dele, a apenas uma vela de pano cinza quase toda rasgada, e como ela, todo o navio parecia destruído, velho e morfado. Mas toda minha atenção no momento está na figura que está na parte traseira dele segurando um longo remo com uma lanterna bem fraca pendurada no topo dele. Eu não podia ver nada da figura, todo seu corpo está coberto por um manto com capuz preto, e assim como o barco, todo acabado.

"Caronte, eu procuro passagem pelo rio." Digo para ele com a voz mais segura que posso falar, o cara me dá arrepios.

O barqueiro do submundo vira seu rosto para mim, sua face ainda está coberta pelo capuz, mas eu podia ver perfeitamente seus olhos que brilham como fogo. Então, ele levanta sua mão esquelética quase sem pele e cinza para mim com a palma virada para cima.

Abro o bolso da minha mochila e coloco meu galho magico nela, depois procuro a passagem. Caronte é um dos mais conhecidos na mitologia, então é logico que vim preparado para caso o encontrar.

"Aqui!" Digo jogando para ele dois dracmas de prata, que magicamente desaparecem no ar e reaparecem em cima da mão dele.

Caronte então coloca as moedas dentro da sua roupa e segura o remo com às duas mãos. Aceito isso como um sinal para eu embarcar, então pulo para dentro do navio, por sorte, a madeira velha e morfada não cede com meu peso. Caronte, vendo que eu estava a bordo, move seu remo, e o navio se distancia-se do cais, e com mais um movimento do remo, ele começa a se mover lentamente. Quando estávamos a alguns metros de distância da costa, outros remos do nada aparecem das laterais da embarcação e começam a remar.

Ando pelo barco com muito cuidado até o centro dele. Os trireme possuem o meio deles abertos, esse é o local aonde os remadores ficam, então vou até o centro e olho para abertura, só para ver várias almas de todas as idades e gêneros remando de forma mecânica e sem sentimento, como todas as outras que encontrei nesse lugar.

Como meu barqueiro não era um homem de muitas palavras, foquei minha atenção no rio.

Coisinha desagradável.

Ele era negro, como quase tudo nesse lugar. Mas ignorando sua cor de poluição, senti uma grande quantidade de energia dele, numa forma que nunca senti antes. Toda a familiaridade do meu feitiço para invocar sua invulnerabilidade foi jogada para o espaço. Eu não estava invocando a verdadeira invulnerabilidade, era algo mais diluído. E esse com certeza não era seu único propósito.

Não me importando mais com a chegada, fico apenas olhando para as águas do rio abaixo de mim tentando entender elas.

"Trumm!"

Não sei por quanto tempo foi, mas acho que fiquei em transe, e só acordei quando o trireme bateu contra o cais no meu destino.

Paro de olhar para as águas, e olho para aonde eu estou.

No horizonte, a uma muralha, mas não uma simples muralha, ela estava se estendendo por toda a linha do horizonte, separando qualquer coisa desse lado, do que está dentro. A muralha não pareci ter sido construída, em vez disso, ela se parece mais com algo natural, toda feita de rocha negra que é completamente irregular, não a pontos iguais ou padrões nela. Em cima da rocha, a construções semelhantes a torres de vigia, mas não há nem um vigia nelas ou qualquer movimento. Muito diferente dos portões gigantes de duas portas que estão abertos, e passando por ele, varias almas manchando de forma organizada.

Dessa distância, eu não consigo julgar o tamanho das portas do submundo, mas eu chuto que toda a rocha aonde os portões foram construídos tem o tamanho de uma montanha.

Pulo para fora do barco e piso na grama. Olho para trás, e vejo que o barqueiro já estava se afastando do pequeno cais, como ele é um homem de poucas palavras, eu também não me despeço e continuo a andar com minha mochila, agora com um rumo certo, os portões.

A terra em que estou agora é muito mais "fértil" que antes, o número de árvores saudáveis e algumas até mesmo com frutos aumentou. Fértil o bastante para o submundo, e também incrivelmente ridículo, já que eu chutei uma pedra e depois percebi que ela era feita de ouro, mais uma para a mochila.

A única coisa que me incomoda e a falta de "vida", sei muito bem que os fantasmas não são os únicos seres nesse mundo, mas acho que uma boa parte deles deve estar do outro lado do portão. E falando nele, finalmente estou apenas a alguns quilômetros de distância, e agora posso ter alguma imagem do interior do portão, mas não consigo ver muito, a uma massa na frente dele impedindo minha visão, um monte ou algo assim.

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

Foi quando um grito me faz soltar minha mochila e cobrir meus ouvidos com minhas mãos.

Nunca tinha escutado um grito como esse, foi como um urro de um lobo misturado com a de um morcego, e eles vieram do alto, então é para la que eu olho.

Na parte de cima da muralha, que a pouco eu pensei estar vazia. Três sombras negras voando mergulharam em alta velocidade em formação de um triangulo. O destino é claro, era eu.

Então eu diminui minha audição e saquei meu escudo e arma. Foi só isso que tive tempo de fazer, antes delas ficaram de frente para mim a vários metros do chão.

Olho bem para elas agora, são três mulheres, ou coisas com corpo de mulher, às três estavam usando um vestido sujo cobrindo seu corpo, mas seu corpo é o que me chamou atenção. Todas às três tem longas asas de morcego, unhas grandes e finas como laminas, um corpo magro e cabelos longos. Seus rostos, não eram nada bonitos, às três eram magras e com a pele enrugadas como múmias, seus olhos eram amarelos e seus lábios vermelhos com uma boca com poucos dentes, todos pontiagudos.

"Quem são vocês?" Pergunto, enquanto colocava meu escudo na frente do meu corpo.

Não houve conversa, elas simplesmente mergulharam na minha direção.

Às três atacaram como uma só, a primeira tive suas garras paradas por meu escudo, quando eu virei a fazendo torce seu corpo para direita, eu estava pronto para a acerta com minha espada. A segunda me atacou mirando meu coração, consegui me defender com a espada, e quando as garras dela acertaram minha lamina, faíscas saíram. A terceira deu a volta e tentou acerta a lateral do meu corpo, pulei para trás desviando das três.

Mas elas eram muito rápidas, e chegaram na minha frente quase no mesmo momento em que meus pés tocaram o chão. Dessa vez, larguei a defensiva e avancei, chutei uma delas na barriga a mandando para longe, a segunda tentou morder meu ombro por trás. Me abaixei e usei o movimento das sombras aparecendo atrás dela e ataquei mirando seu ombro, minha espada foi parada pela terceira que defendeu sua amiga segurando minha espada com as mãos nuas.

Boas notícias, elas sangram. E se sangra, pode ser morto.

Pensamento idiota, já que perde uma delas e suas garras acertaram a lateral esquerda do meu corpo.

Uso o movimento das sombras de novo, dessa vez me afastando o máximo possível não cometendo o mesmo erro de antes.

Olho para baixo para ver os estragos.

Na altura do meu umbigo, quatro listras de cima para baixo da mesma largura e tamanho atravessam minha armadura e cortaram minha pele. Nunca tentei antes testar o quanto minha armadura é resistente, já que eu não tinha o luxo de a poder reparar caso algo desse errado, e como eu também fez de tudo para desviar de ferimentos perfurantes, ela nunca foi provada em batalha também.

Mas estou feliz com os resultados agora, com o tamanho das unhas da mulher que me cortou, ela provavelmente poderia arrancar metade do meu estomago se eu não estivesse usando essa armadura. Tudo que tenho que fazer no futuro é encontrar alguém que possa a consertar.

Só que esse não é o momento para conversas como essa.

As três ainda não acabaram seu ataque sem motivo aparente.

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

Gritaram às três juntas, e por sorte, eu já tinha abaixado minha audição, por que eu provavelmente teria desmaiada com as "vozes" delas. Mesmo assim, eu fiquei praticamente surdo agora.

Após usar seu grito como arma, às três atacam mais uma vez de frente, mas eu estava pronto.

"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}

Respiro fundo e depois inspiro com força, minha respiração é agora uma fumaça negra como piche que acertou de surpresa às três.

"BLAMM!" "BLAMM!"

O efeito foi melhor que pensei, duas deles atravessaram a fumaça e bateram contra o chão dos meus lados, as asas delas estavam congeladas. Mas minha felicidade durou pouco, por que a terceira também atravessou a fumaça, e mesmo com grande parte do seu corpo coberto de gelo, ela está com as asas em bom estado e tenta enfiar suas unhas no meu olho.

Levanto o escudo e as garras passam raspando por ele, a terceira mulher então bate suas asas tomando alguma distância e tenta agarrar a lateral do meu escudo com as garras do seu pé. Puxo com toda minha força torcendo meu corpo para trás a puxando comigo, quando vejo que estou quase no chão, eu solto meu escudo e a mulher morcego perde o controle e gira no ar se afastando de mim.

Então faço a coisa mais inteligente a se fazer. Me teleporto para o mais longe que posso e começo a correr.

Estou em desvantagem, e perde o momento de acabar com a batalha quando a terceira ficou livre do meu feitiço, e como não vai demorar muito para as outras se levantarem, essa é a melhor coisa a se fazer.

Coloco minha espada nas minhas costas e convoco meu escudo com pensamento. Depois continuo a correr na minha velocidade máxima enquanto a terceira continua me perseguindo no ar.

"Merda!" Digo com dor.

Durante a luta, a adrenalina não me permitiu sentir nada, agora correndo, meu ferimento começou a doer, e o sangue está manchando minha armadura e caindo no chão.

Coloco minha mão no ferimento fazendo pressão e continuou a correr pela margem do rio estige pela esquerda. No momento não posso cruzar os portões, mas pelo que me lembro das lendas do submundo, a outras zonas nas laterais do portão. O problema é que as lendas não são muito claras, e eu posso estar muito bem indo para a entrada do Tartaro e ser atacado por milhares de monstros mitológicos, mas fazer oque.

Depois de alguns quilômetros sendo perseguido, agora por três mulheres morcegos, vejo no horizonte, uma floresta. Lugar perfeito para se esconder.

Então aumento a velocidade, mesmo isso me fazendo sangrar mais e a dor aumentar.

Quanto me aproximo percebo mais meu destino, uma imensa floresta com milhares de árvores gigantes com folhas bem densas criando um guarda-chuva natural evitando qualquer luz de entrar nela. E como estou no submundo, faz sentido que ela esteja envolvida por fogo.

Não fogo, e sim um rio de fogo que brilhava com intensidade.

O rio flegetonte, meu único feitiço de "cura" vem dele. Ainda sendo perseguido, e sabendo dos perigos desse rio de lava, me teleporto para o outro lado dele evitando pular. Foi uma boa decisão. Eu apareci a poucos centímetros dele, e o pela primeira vez desde que despertei meus dons, eu senti um insuportável calor vindo do rio.

Flegetonte é um rio de lava, mas ele não tem a mesma consistência densa da lava, então olhando para ele faz mais sentido o comparar com um rio de fogo liquido por contada velocidade em que ele se move. Como o rio estige, ele também tinha um cheiro terrível, e ele também está emitindo vapores que devem ser tóxicos para qualquer forma de vida.

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

"HAIIAAAAAAAAAAAAAA!"

Minhas perseguidoras gritam mais uma vez se aproximando. Então levanto-me e segurando meu ferimento corro até o início da floresta que está a poucos metros de distância, e quando eu entro nela, olho para trás e vejo os três morcegos parados olhando para mim sem querer se aproximar.

Se elas têm alguma inteligência, sabem que me perseguir numa floresta tão densa é suicídio. Só que a também a possibilidade que a algo nessa floresta que elas tem medo, por isso elas não querem se aproximar. Tenho que decidir então, continuou ou volto.

Não é como se as escolhas fossem muito diferentes.

Volto a correr indo mais adentro da floresta desviando dos inúmeros troncos mais grossos que meu corpo no caminho enquanto os morcegos gritam para mim.

Não é um caminho fácil, as raízes das árvores são muito grosas e grandes, e isso deixou todo o chão irregular, então tenho que ter muita mobilidade e agilidade para continuar me movendo em alta velocidade.

Continuou no mesmo ritmo por dez minutos. Então eu paro e me apoio numa das árvores, estando tão distante da entrada, e não vendo nada de estranho ao redor, decido que é a hora de me curar.

Tiro a mão do meu ferimento, minha mão está encharcada de sangue, e o ferimento não mostrava nem um sinal de começar a se fechar.

Levanto minha mão e digo.

"Επικαλέστηκα την τιμωρία του ποταμού Φλέγηθων!" {Invoco a Punição do Rio Flegetonte!}

Sinto minhas reservas de energia diminuírem muito, então uma gota vermelha de lava do rio flegetone aparece flutuando acima da minha mão.

Nunca supus que eu precisaria beber disso para me curar, eu sei bem da agonia que ele provoca, e até me diverti vendo o idiota que tentou controlar Diana bebendo uma gota.

Karma.

Aproximo minha mão na direção da minha boca. Não adianta adiar isso, então vou fazer rapidamente.

Mas quando a gota está a poucos centímetros da minha boca, vejo algo se movendo na direção da minha cabeça vindo de trás de mim.

Pulo para frente e rolo no chão até me levantar ficando de frente para quem me atacou, e vejo uma espada velha e enferrujada presa no tronco em que eu estava inconstado. O atacante, um esqueleto sem roupas que está segurando o cabo da arma fazendo força para a arrancar do tronco.

"Que desperdício." Digo olhando para a gota do rio flegetone que caio no chão quando desviei do ataque.

É um desperdício por que é necessária uma quantidade muito grande de mana e eneriga para convocar uma gota, e agora eu tenho que fazer isso de novo.

"Trick!" Finalmente, o esqueleto consegui tirar espada do tronco deixando um pedaço dela nele.

Ele se virou para mim e começou a andar na minha direção lentamente.

Diferente dos que eu convoco para lugar comigo, esse esqueleto tem os olhos acessos com chama azuis.

Não saco minha espada ou escudo. Olhando bem para ele, vejo que ele não é um grande desafio.

Ele ataca, desvio para esquerda deixando a espada passar por mim e seguro o pulso dele com força.

"Crack!"

Quebro o pulso dele, e com sua mão de ossos ainda segurando a espada, giro o seu pulso e acerto seu pescoço fazendo seu cranio cair no chão, depois acerto suas costelas com um chute lateral o fazendo se chocar contra o tronco do meu lado desmontando todo o esqueleto.

Essa é a melhor maneira de lidar com eles, desmontando seu corpo ou quebrando seus ossos, a primeira forma é muito mais fácil.

"Trick!"

Outro barulho, dessa vez nas minhas costas. Viro-me e vejo, um exército de esqueletos, todos armados vindo na minha direção, e na frente deles, provavelmente no comando, um zumbi usando uma armadura e segurando um machado.

"Estou começando a me arrepender dessa viagem." Digo sacando minhas armas e me preparando para a luta.


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